Paciente do DF foi o primeiro a passar por uma cirurgia robótica na coluna. Um dia depois do procedimento, ele saiu andando do hospital
O paciente já havia tentado anti-inflamatórios, corticoides e analgésicos, além de fisioterapia. Os tratamentos eram realizados para reduzir a dor e proporcionar mais qualidade de vida. No entanto, com o tempo, os sintomas voltavam. A alternativa que restava para resolver o problema era uma intervenção cirúrgica.
Em 12 de novembro, Jorge fez o procedimento que precisava e também se tornou o primeiro paciente da América Latina a passar por uma cirurgia robótica de coluna. O procedimento ocorreu no Hospital Santa Lúcia e foi comandado pelo médico cirurgião Luciano Ferrer.
A artrose na coluna é uma doença degenerativa causada pelo desgaste das articulações. Em grau severo, o problema provoca dores fortes e pode limitar os movimentos. O analista de dados Jorge Luiz Farias, 57 anos, vinha passando por isso.
O braço robótico usado na cirurgia é o único do Brasil que utiliza o sistema completo da Brainlab – empresa de tecnologia médica que atua na inovação há mais de 25 anos. “Esse novo modelo de robô aumenta muito a precisão e diminui o risco de complicações e lesões. Com ele, Brasília se torna referência para intervenções na coluna”, afirma o ortopedista Rodrigo Lima.
A cirurgia para resolver a artrose de Jorge durou cerca de uma hora. Além da rapidez com que o procedimento foi realizado, outra vantagem foi o tempo de recuperação. No dia seguinte, o paciente voltou para casa andando.
Escolhido pela equipe médica para ser o primeiro paciente a ser operado com o equipamento, o analista de dados conta que teve medo no início. “Ao mesmo tempo que fiquei surpreso, tive um pouco de receio, pois não havia muitos parâmetros para saber o nível de sucesso”. Ele conta, entretanto, que as conversas com o ortopedista Luciano Ferrer foram tranquilizadoras.
Jorge Luiz conta que se surpreendeu com a recuperação. As dores já sumiram completamente e ele diz que está cada dia melhor. “É como se nada tivesse acontecido, como se eu nem tivesse tido esse problema de saúde”, relata.
A servidora pública Wilma Maria, de 58 anos, sofria com dores intensas na lombar, que refletiam nas nádegas e nas pernas. Ela era impedida de realizar atividades comuns, como abaixar e dançar. Assim como Luiz, Wilma recorreu à fisioterapia, medicamentos e acupuntura, mas nada funcionou.
Ela explica que, por medo, adiou a cirurgia por um ano, até se render ao procedimento. “Tentei ao máximo evitar o procedimento, mas chegou em um ponto que não dava mais”. O médico cirurgião Rodrigo Lima foi o responsável.
Com 10 dias de cirurgia, Wilma se sente realizada. “Minha cicatrização está excelente e as dores que sinto são só nos pontos. Não sinto mais pontadas como antes. Estou ótima e muito feliz”, finaliza.