A decisão partiu do comitê que monitora o comportamento do coronavírus no estado.
A retomada das aulas presenciais no estado entrou na pauta de discussão do Centro de Operações de Emergências (COE) para o Enfrentamento ao Coronavírus em Goiás, nesta quarta-feira (30). Os membros do comitê recomendaram que as atividades nas escolas devem continuar suspensas até que se ocorra redução das mortes por Covid-19 e liberação de leitos de UTI.
As aulas estão suspensas desde março, após serem registrados os primeiros casos de coronavírus em Goiás.
Durante a reunião, o COE reforçou que a liberação depende de uma queda de 15% nos registros de mortes de uma semana para outra, por, no mínimo, quatro semanas seguidas. Além disso, é necessário manter a taxa de ocupação hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inferior ou igual a 75%, durante o mesmo período.
Esses critérios tinham sido definidos em Nota Técnica publicada em 1º de setembro. Desde então, o estado não atingiu nenhum deles.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a situação atual do estado é de queda de 19,2% nos registros de mortes, mas que esse número foi registrado por apenas uma semana. Já a taxa de ocupação hospitalar em UTIs está em 82%, superior aos 75% definidos em nota. Segundo o órgão, até esta quarta-feira, mais de 209 mil pessoas já foram infectadas e 4.672 morreram em razão da Covid-19.
Instituições de ensino infantil de Goiânia entraram na Justiça para conseguir o retorno das aulas presenciais. Elas alegam que diversos outros setores já reabriram, como comércio, bares e academias, mas as escolas seguem sem previsão de retomada devido à pandemia de Covid-19. Ao todo, 56 pré-escolas da capital conseguiram, na segunda-feira (28), uma liminar para retomar as atividades presenciais.
Em 22 de setembro, oito berçários também conseguiram reabrir após uma decisão da Justiça. A decisão em caráter liminar vale para as unidades que ingressaram com um mandado de segurança solicitando a autorização para a reabertura.
O governador Ronaldo Caiado (DEM) disse no dia 23 de setembro que a iniciativa das escolas não é prudente.
“Nós estamos com um quadro que vem se estabilizando, mas não entramos ainda em uma fase de declínio significativo da contaminação e nem dos casos. Não vejo de forma alguma como sendo uma atitude prudente neste momento o retorno às aulas”, avaliou o governador.