Chefes locais pediram mudança
Os líderes dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) de todo o Brasil ficaram irritados com a demora para a divulgação dos resultados das eleições municipais de domingo (15). Neste ano, houve atraso para a finalização dos resultados, porque as Cortes locais foram obrigadas a enviar os dados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que estava encarregado de publicar os números de todos ao mesmo tempo.
A mudança gerou sobrecarga nos computadores do TSE, que não suportaram a quantidade de dados inserida de uma só vez no sistema. A instabilidade foi vista até mesmo no aplicativo da própria Justiça Eleitoral, desenvolvido para divulgar os números.
Em entrevista na noite de domingo, Barroso disse que a decisão por centralizar os dados no TSE não foi tomada durante a gestão dele. O ministro afirmou não ter tido “simpatia” pela iniciativa. Disse também que 1 dos motivos para a adoção era economizar. “A explicação que me deram para a centralização era a de que os Estados precisavam renovar os seus sistemas de totalização”, havia dito. Ou seja, com a centralização apenas o sistema do TSE precisaria de tal investimento.
Pouco depois, Barroso disse que também teria tomado a decisão: “Se fosse sob minha gestão”. Afirmou ainda que “a centralização da totalização no TSE foi uma recomendação da perícia da Polícia Federal em nome de se prover mais segurança [ao processo]”
O magistrado disse ainda lamentar o atraso, mas reforçou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro: “Todos [os resultados] são passíveis de conferência”.