Segundo ex-presidente Brasil precisa intensificar vacinação, auxílio emergencial e geração de empregos
O ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (75) recebeu a segunda dose da vacina contra Covid-19 na manhã deste sábado (3), em São Bernardo do Campo (SP). Na ocasião, ele aconselhou o Governo Federal a “ouvir a ciência” no combate à pandemia.
Vídeo do momento foi transmitido ao vivo pelo Twitter do petista, que passou de carro em um dos postos drive thru da cidade. Ele foi imunizado com Coronavac, Produzida pelo Instituto Butantan.
Lula recebeu a primeira dose no dia 13 de março, quando o município começou a vacinar pessoas com 75 e 76 anos de idade.
“Se eu pudesse dar um conselho a alguém, queria dizer aos membros do governo: vocês só tem que fazer uma coisa neste momento: primeiro, ouvir a ciência, ouvir aqueles que sabem como tratar isso, e cumprir as determinações, conversar com os governadores, prefeitos, porque essa luta é de todos. Não é do governo, não e só da oposição, não é só da classe médica. É de todos”, disse.
Segundo Lula, o Brasil precisa intensificar três frentes neste momento para enfrentar o pior momento da pandemia: vacinação, auxílio emergencial e geração de empregos para o futuro. Atualmente, o país registra mais d 3 mil mortes diárias em média por causa da covid-19.
“É preciso 3 coisas para resolver problema da covid: vacina, que é imprescindível. Auxílio emergencial para garantir que as pessoas possam ficar em casa, um para trabalhador e outro para empreendedores. E gerar empregos para o povo (pensando no futuro). Sem essas não vamos a lugar nenhum”, disse.
A vacinação da segunda dose de Lula ocorre em um dia de expectativa em relação a uma possível vacinação do atual presidente, Jair Bolsonaro. Hoje, o Distrito Federal inicia a vacinação da faixa etária de Bolsonaro, que tem 66 anos.
Ao UOL, a Secretaria de Comunicação da Presidência não confirmou se ele tomará ou não a vacina. Por falta de doses, o DF interrompeu a imunização no feriado, mas o lote de Bolsonaro estaria garantido junto ao Ministério da Saúde.
Desde que se voltou a ser elegível em razão de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), Lula intensificou o discurso de oposição a Bolsonaro e é apontado como potencial adversário do presidente nas eleições de 2022.
Ao tomar a primeira dose em março, Lula disse que “o presidente da República precisa parar de ser ignorante”, em referência a declarações negacionistas de Bolsonaro em relação à pandemia.