Momentos foram registrados por câmeras de um shopping. Mãe e padrasto, que é vereador, foram ouvidos por 12 horas
Rio de Janeiro – As últimas imagens do menino Henry Borel Medeiros vivo, registradas no dia 7/3 no espaço de diversão de um shopping, foram entregues à 16ª DP (Barra da Tijuca).
O vídeo mostra o garoto de 4 anos na companhia do pai, Leniel Borel, em um centro comercial na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os investigadores também recolheram outras imagens no condomínio da mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida.
Henry morreu no último dia (8/3). Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram um fim de semana normal. Por volta das 19h do dia 7/3, o pai o levou de volta para casa, onde morava com a mãe e com o médico e vereador pelo Rio, Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 da segunda, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital porque o menino apresentava dificuldade para respirar.
Ao chegar ao hospital Barra D’Or, Monique e Dr. Jairinho informaram ao pai da criança que eles ouviram um “barulho estranho durante a madrugada e quando eles foram até o quarto ver o que estava acontecendo, viram que criança com os olhos virados e com dificuldade de respirar”.
Leniel contou que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo boletim de ocorrência registrado pelo pai da criança.
Veja o vídeo:
De acordo com o laudo do exame de necrópsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente. Foram constatadas lesões na cabeça, costas, mão e nariz do garoto. Os investigadores irão trabalhar com os peritos para entender as marcas espalhadas pelo corpo de Henry. A equipe média também será ouvida.
Segundo a polícia, a lesão no nariz pode ser oriunda do entubamento de emergência, no hospital, durante o atendimento médico.
Henry não queria voltar para a casa da mãe, segundo depoimento do pai na delegacia.
Procurado o advogado de Jairo, André França, não retornou.