Treinador foi campeão do mundo pelo Grêmio e tirou Botafogo da fila de 21 anos
"Eu sou um jovem, entendeu? Tudo depende de como a gente se olha... Eu olho para a minha juventude".
Apesar dos 72 anos, Valdir Espinosa nem pensava em aposentadoria. Queria prestar serviços no futebol por mais tempo, até onde a vida lhe permitisse. A permissão acabou. Ele não resistiu e morreu após complicações pós-operatórias no intestino, na manhã desta quinta-feira, deixando para trás um currículo de treinador cujo principal título é o Mundial de Clubes de 1983, pelo Grêmio. A notícia foi confirmada pela diretoria do Botafogo.
O velório será das 15h até às 22h no salão nobre do clube.
Desde dezembro de 2019, Espinosa exercia a função de gerente técnico do Botafogo, no reencontro com o clube pelo qual foi campeão Carioca de 1989. Um título histórico para o alvinegro porque encerrou o período de 21 anos na fila.
- No Grêmio, foi um sonho realizado. No Botafogo, foi um pesadelo que acabou - disse ele em entrevista à ESPN Brasil, em 2017.
A lembrança do fim do pesadelo com o gol de Maurício se uniu neste ano a outro momento de glória do Botafogo: o Brasileirão de 1995, já que Espinosa ganhou no último mês a companhia do técnico Paulo Autuori.
- Se um campeão do mundo já é bom, imagina dois campeões do mundo - disse ele, na última entrevista ao GLOBO, no começo do mês.
Mas não houve muito tempo para que os dois trabalhassem juntos. Quando Autuori foi contratado, a diretoria do Botafogo já sabia que Espinosa seria submetido a uma cirurgia. Algo que demandaria um período indeterminado de afastamento. Apesar dos primeiros sinais pós-operatórios terem sido positivos, houve complicações na semana que antecedeu o carnaval. Espinosa foi para a UTI.
O Globo