Segundo polícia, autor do duplo feminicídio é ex-companheiro da mulher mais jovem. Crime ocorreu na região do Arapoanga.
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta quinta-feira (10), o suspeito de matar mãe e filha em Planaltina, no Distrito Federal. Os corpos foram encontrados no início da manhã, em uma casa da quadra 8, na região do Arapoanga.
O homem preso é Josimar Benedito de Paiva, ex-companheiro da mulher mais jovem. Ele e Giane Cristina Alexandre, de 36 anos tiveram um relacionamento por 3 anos e, se acordo com a 31ª Delegacia de Polícia, estavam separados desde o dia 21 de setembro passado.
Segundo a polícia, Giane foi sufocada com uma fronha. A mãe dela, Maria Madalena Cordeiro Neto, de 65 anos, foi esganada, conforme a investigação.
Segundo o delegado Veluziano Castro, durante a tarde quarta-feira (9), Josimar foi até a casa da ex-companheira para tentar uma reconciliação. Ao chegar no imóvel, ele discutiu com Maria Madalena e empurrou a idosa.
"O filho de Giane Cristina estava assistindo televisão. Nesse momento, ele [Josimar] enrolou uma blusa na cabeça e simulou um assaltou", disse o delegado.
Conforme o investigador, Josimar Benedito amarrou a ex-sogra e colocou uma fita adesiva em sua boca. Ele, então, teria ficado a espera da ex-companheira.
"Ao entrar, Giane viu a mãe amarrada e um homem com a cabeça coberta, acreditando ser um assalto", apontou o delegado. Segundo o policial, o suspeito amarrou Giane e a levou para o quarto.
"No cômodo, ele tira a camisa da cabeça e se apresenta para a ex. Nesse momento, ele disse que tentou sensibilizar a vítima", afirmou Veluziano.
O delegado disse que Josimar colocou uma fronha na cabeça de Giane para ela não gritar e saiu para pegar umas fotos. O suspeito informou que quando voltou a mulher estava morta.
Na ocorrência registrada pela manhã, os investigadores afirmam que, inicialmente, não era possível concluir o que houve, porque os corpos não tinham marcas visíveis de violência ou de disparos de arma de fogo. Entretanto, segundo os agentes, havia marcas nos pulsos das vítimas, "como se as mulheres tivessem sido amarradas".
De acordo com a Polícia Militar, as duas vítimas estavam em cômodos diferentes. Não foram encontrados sinais de roubo na casa.
Em meio à pandemia ao novo coronavírus, a Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24 horas. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
Delegacias – que são consideradas serviço essencial – continuam funcionando normalmente. Trinta delas atendem em regime de plantão ininterrupto de 24h.
O DF tem duas Delegacias Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer unidade.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva à Justiça.
Em casos de flagrante, qualquer pessoa pode pedir o socorro da polícia, seja testemunha ou vítima.