De acordo com informações, essa é a terceira vez que a mulher é presa por crimes cometidos contra ex-namorados
Policial civil do DF é presa após 'saltkear', furar pneus de carro e esfaquear ex-namorado (Foto: reprodução - redes sociais)
Uma policial civil do Distrito Federal (PCDF) foi presa, no último domingo (28/11), suspeita de stalkear, furar pneus do carro e esfaquear o ex-namorado. O caso aconteceu durante a madrugada, em frente à casa da vítima, localizada na Asa Norte, em Brasília. De acordo com informações do Mais Goiás, essa é a terceira vez que a mulher é presa por crimes cometidos contra pessoas com quem se relacionava.
Sobre o atual crime, à Polícia Civil destaca que Rafaela Luciene Motta Ferreira, de 40 anos, foi até o endereço da vítima e furou os pneus do carro do homem, que estava parado no estacionamento. O homem, ao notar o que estava acontecendo, desceu para conter a policial.
O homem teria derrubado a agente no chão, mas acabou sendo atingido por duas facadas e uma mordida no peito. Mesmo ferido, ele conseguiu conter a mulher até a chegada da Polícia Militar.
A mulher foi levada à delegacia, onde assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberada. Ela alegou que foi agredida.
O ex-namorado foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Ele estava apenas com cortes superficiais. Aos policiais, ele contou que já registrou “várias” ocorrências contra Rafaela, inclusive por ela já ter furado os pneus dos carros dele. O caso é investigado como lesão corporal e dano.
Por meio de nota, a PC informou que a mulher “responde por Processo Administrativo Disciplinar (PAD) na Comissão Permanente de Disciplina (CPD), a diversos procedimentos na Corregedoria Geral de Polícia (CGP) e está afastada das funções por licença médica”. Além disso, as armas que estavam com ela foram recolhidas.
De acodo com o Mais Goiás, eles não conseguiram contato com a defesa da agente.
No último dia 3 de agosto, Rafaela foi detida por perseguir outro ex-namorado na tentativa de impedi-lo a prestar depoimento à Corregedoria da Polícia Civil.
Na ocasião, ela invadiu a Corregedoria, mas assinou um TCO e foi liberada no mesmo dia. A Justiça determinou, três dias depois, que a agente fosse presa, mas, novamente, ela foi solta.
Em um dos casos, de acordo com a PC, Rafaela chegou a ligar 98 vezes para um ex-namorado – que a acusa de perseguição – em um único dia. As queixas são de 2018, quando o homem a conheceu através de um aplicativo de relacionamento.
Segundo à denúncia realizada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o casal saiu algumas vezes, mas, após pedir para terminar o relacionamento, ele alega que passou a ser ameaçado pela mulher.
Em uma conversa anexada na denúncia, a policial teria dito ao homem que “não sabia com quem estava mexendo” e que ele estava “mexendo com fogo”. A policial ainda teria desferido diversas ameaças aos familiares do ex-namorado.
“Acho que você devia ter um pouquinho mais de precaução. Você tem família aqui, você tem pai idoso, tem mãe idosa, eles moram sozinhos. Você tem irmã, tem sobrinho, então para de ser idiota”, teria dito a policial.
Ainda contra a policial há uma sentença de março do ano passado onde ela foi condenada, em primeira instância, por coação no curso do processo, quando se usa violência ou ameaça para favorecer interesse próprio ou alheio. O crime teria sido cometido contra um ex-namorado, segundo a Justiça.
Mais uma vez, a policial respondeu em liberdade, recebeu pena restritiva de diretos, mas recorreu da decisão. Não há mais detalhes sobre o processo.