Instituto de Identificação confirmou que a vítima, achada em área rural de Anápolis, se trata de Murilo Ramos. Reconhecimento foi realizado por meio de impressão digital.
O Instituto de Identificação da Polícia Civil confirmou na noite desta segunda-feira (5) a identidade do corpo encontrado pela manhã em uma fazenda de Anápolis como sendo do estudante Murilo Ramos de Souza, de 25 anos, que desapareceu após ter o carro roubado. A identificação foi realizada por meio de coleta de impressão digital.
O órgão de identificação da polícia informou que a identidade foi confirmada por um papiloscopista de Anápolis.
O estudante morava em Itapuranga, a 177 quilômetros do local onde o corpo foi encontrado por um operador de máquinas, em uma área rural, em avançado estado de decomposição.
Segundo o major Leonardo Bernardes da Polícia Militar, o cadáver estava com as mãos amarradas para trás por um cadarço e com marcas de disparos por arma de fogo. Quatro suspeitos de terem cometido o crime acabaram morrendo em confronto com a PM.
Murilo foi visto pela última vez no dia 26 de setembro. Ele pediu o carro do pai emprestado. Imagens mostram quando o jovem parou em uma praça de Itapuranga para comer um espetinho e saiu, pouco tempo depois. Ele estava sozinho durante todo o tempo. Uma outra câmera de segurança mostra outro carro seguindo o jovem por uma rua da cidade.
O delegado Kleber Toledo, que investiga o caso, disse que Murilo teria combinado de se encontrar com uma jovem na noite do desaparecimento. Ele a buscaria em Ceres, cidade vizinha, para ir a um mirante da cidade.
“Ele teria pedido para ela levar ‘bala’ para eles usarem à noite, mas ela disse que não teria como. [...] Ela teria dito que estava em Rianápolis, precisaria conseguir uma carona até Ceres, onde ele a buscaria para irem ao mirante”, contou o delegado.
O investigador informou que, segundo testemunhas que estavam no mirante de Ceres naquela noite, Murilo chegou ao local sozinho, foi conversar com quatro rapazes e, logo depois, os cinco entraram no carro do jovem – com ele ao volante – e foram embora.
“Dá-se a entender que ele deve ter perguntado se algum dos rapazes tinha droga. Provavelmente, eles disseram que não, mas que sabiam onde conseguir. Esses quatro já estavam com a pretensão de roubar um veículo - qualquer veículo - para quitar uma dívida que tinham com uma pessoa ‘acima’ deles e aproveitaram a oportunidade”.
“[Murilo] estava no lugar errado, na hora errada”, completou o delegado.
O delegado explicou que uma denúncia anônima foi feita à Polícia Militar naquela noite informando que o carro de Murilo havia sido roubado e, por meio de uma interceptação telefônica, a equipe teria ouvido que os autores estariam a caminho de uma residência em Anápolis.
Os policiais militares foram para o endereço, onde não havia ninguém, mas ficaram esperando. Quando os quatro suspeitos chegaram, teriam atirado contra os PMs, que revidaram. Os quatro morreram no confronto.
O carro foi apreendido e passa por perícia. O delegado afirmou que pediu urgência nos exames de sangue encontrado no veículo, pois depende deles para saber se o sangue é do Murilo.