Acusada encontra-se detida no Presídio Estadual de Formosa, veja vídeos
À Polícia Civil de Goiás prendeu uma mulher de 35 anos suspeita de extorquir R$ 400 mil de uma moradora de Alvorada do Norte, que fica no nordeste de Goiás. As apurações da corporação apontaram que a investigada ameaçava causar “mal espiritual”, levando a própria vítima ou familiares à morte, caso ela não pagasse os valores cobrados.
A mulher foi presa na segunda-feira (08/11). Sem o nome dela, o g1 não conseguiu descobrir quem a representa para pedir uma posição sobre as acusações.
Ao ser interrogada pela Polícia Civil, ela preferiu ficar em silêncio, de acordo com o delegado Caio Menezes.
O investigador informou que as apurações começaram com a denúncia da vítima, que procurou a corporação no último dia 20 de outubro. Ela contou à Polícia Civil que as extorsões já duravam cerca de quatro anos.
Também de acordo com Caio, as investigações comprovaram que a moradora alvo das extorsões fez várias transferências para a investigada e até passou a casa em que mora para o nome da presa, com medo de sofrer algum mal.
“A acusada conheceu à vítima e contou que tinha poderes sobrenaturais, por isso começou a fazer sessões espirituais e rezas [de graça]. Depois das primeiras vezes, ela começou a cobrar por cada sessão e à vítima disse que não queria mais, mas a acusada dizia que, se não continuassem, à vítima e seus familiares padeceriam de diversos males de saúde”, explicou.
Também de acordo com ele, os pagamentos eram frequentes e variavam de R$ 300 até R$ 1,5 mil. Além dos pagamentos por transferência, alguns eram feitos em dinheiro.
Ainda de acordo com o delegado, a investigada deu um nome falso para à vítima e, quando foi identificada na delegacia, a ficha policial dela indicava que já tinha registro como suspeita de estelionato.
A mulher foi levada para o presídio de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, e deve ser indiciada pelo crime de extorsão com uso de grave ameaça de dano espiritual. Se condenada, ela pode ficar presa de quatro a dez anos.
Dos prejuízos causados à vítima, o delegado disse que o único que deve ser possível ressarcir é a casa, que deve voltar para o nome dela com a revogação da procuração.