Caso ocorreu em 2019. O pai foi inocentado pelo Tribunal do Júri de Brasília e colocado em liberdade
O Tribunal do Júri de Brasília condenou Luana Afonso do Nascimento, 37, a 32 anos e oito meses de prisão por matar o próprio filho com insulina. Ela também foi condenada por tentativa de homicídio contra os outros dois filhos.
O caso ocorreu em 2019, em Ceilândia, e o julgamento teve fim nessa quarta-feira (6/4). Luana e o marido, Ronildo Eugênio Dias, 30, eram acusados de administrar, sem prescrição médica, doses do hormônio insulina nas três crianças, provocando nas vítimas um hiperinsulinismo, que ocasionou diversos problemas de saúde nos menores.
Ronildo foi absolvido das acusações e posto em liberdade. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), na denúncia apresentada à Justiça, afirmou que os crimes foram praticados por motivo torpe, já que os pais procuravam provocar sintomas de um hiperinsulinismo congênito nas crianças e conseguir doações por causa disso.
Além disso, os crimes foram praticados mediante emprego de meio cruel, uma vez que impuseram sofrimento desumano às vítimas e lhe causaram graves e dolorosos problemas de saúde e internações.
Luana foi condenada pelo homicídio qualificado do filho Rian Lucas Nascimento Dias e por duas tentativas de homicídio qualificado de outros dois filhos. Ela irá cumprir a pena em regime inicialmente fechado e não poderá recorrer da sentença em liberdade.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu o casal em 2019. Segundo a PCDF, os dois faziam aplicações indevidas de insulina nas crianças para tentar arrecadar dinheiro com campanhas emotivas nas redes sociais.
Em 2017, o caçula do casal, de apenas 2 meses, morreu após sofrer complicações no pâncreas em função da quantidade de insulina recebida. Ele chegou a ser levado com vida ao Hospital Universitário de Brasília (HUB), mas não resistiu. A equipe médica do HUB suspeitou da manipulação irregular de insulina e chamou a polícia.