O pedido aconteceu em razão da morte do suspeito, o eletricista Francilei da Silva Jesus, de 33 anos
A Polícia Civil pediu o arquivamento do caso do motorista que matou Danilo de Oliveira Pignata, de 8 anos, no dia 17 de dezembro de 2022, no setor Rodoviário, em Goiânia. O pedido aconteceu em razão da morte do suspeito, o eletricista Francilei da Silva Jesus, de 33 anos, que faleceu três dias depois em razão de ferimentos na cabeça causados pelo pai da vítima, Dedílson de Oliveira Sousa.
O delegado responsável pelo caso, Rhaniel de Almeida Pires, informou que as investigações encontraram indícios de que Francilei dirigia embriagado quando cometeu o crime. Desta forma, se estivesse vivo, iria responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). O delegado explicou, porém, que quando a pessoa investigada por algum crime morre, a polícia pede pelo arquivamento do caso.
Segundo a polícia, o suspeito tinha acabado de sair de uma confraternização da empresa em que trabalhava. Em alta velocidade, ele entrou na avenida Consolação, perdeu o controle da direção do veículo e acabou atingindo a criança e o pai que estavam no canteiro central.
Um vídeo feito por câmeras de segurança mostra o menino pouco depois de atravessar a pista e se sentar no canteiro. Na sequência, o garoto é atropelado pelo veículo desgovernado e fica preso entre o carro e uma árvore. O pai do menor também é atingido pelo automóvel.
Dedílson, pai da vítima, viu Francilei fugir, alcançou-o e o agrediu. O motorista chegou a ser levado para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol). Mas, em razão das lesões, ele morreu três dias depois.
Para a polícia, Dedílson agiu em legítima defesa e o caso também foi encerrado.
“O autor agiu em legítima defesa, pois ao tentar impedir que o atropelador fugisse do local, entraram em luta corporal e o uso da força foi o único meio capaz de repelir a injusta e atual agressão que ocorria contra ele”, diz trecho do inquérito.
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