Em depoimento, o também policial militar, que prendeu a esposa, disse que as brigas em casa ocorriam por motivos financeiros
O policial militar que prendeu a esposa, também soldado da PM, pela morte da irmã em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, na madrugada sábado (2), disse em depoimento que já fazia algum tempo que Rhaillayne Oliveira Mello apresentava um "comportamento nervoso, claramente sem paciência". Ele disse, ainda, que as brigas em casa ocorriam por motivos financeiros. O casal estava junto há um ano e meio.
Aos agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, ele disse ter desconfiado que a mulher havia buscado a arma em casa antes de matar a irmã Rhayna Mello, mas que não conseguiu ver exatamente o que ela teria levado.
O PM contou que, no momento em que a esposa esteve na residência, ela não disse para onde ia e ele voltou a dormir. Por meio de uma ligação da sogra, soube que Rhaillayne, momentos antes, havia se desentendido com a mãe e com outra irmã, Thaillayne, ao retornar de uma festa de família. A briga teria ocorrido por conta do comportamento de Rhaillayne ao suspeitar de um motorista de aplicativo.
Após receber o telefonema, ele afirmou ter procurado a companheira em bares próximos à residência do casal. Ao encontrá-la, percebeu que a esposa havia consumido bebida alcoólica, mas estava aparentemente tranquila. O policial disse que não conseguiu convencer Rhaillayne a voltar para casa.
Mais tarde, o PM atendeu à ligação de Rhayna, que pediu ajuda por Rhaillayne estar transtornada. Ele foi ao encontro das duas em um posto de gasolina e disse que as irmãs tiveram uma briga, inclusive com agressão física, quando ele chegou ao local.
Inicialmente, elas foram separadas, mas a esposa fez disparos com a própria pistola quando a discussão recomeçou. O PM declarou que deu voz de prisão à mulher após Rhayna cair ferida no peito. Ele levou Rhaillayne à 73ª DP (Neves) e, depois, o casal seguiu para a Divisão de Homicídios.
A Corregedoria Geral da PM acompanha o caso através da 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar. A policial teve a prisão preventiva (sem prazo) decretada e foi conduzida à unidade prisional da corporação em Niterói.