O crime ocorreu no dia 17 de abril deste ano, e foi motivado por desavenças relacionadas ao negócio da família
A Justiça goiana, através da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás, concedeu habeas corpus na última terça-feira (23/6) a José Maria Alves de Faria, de 71 anos, acusado de ter matado a própria filha a tiros por conta de desavenças envolvendo dinheiro e negócios da família. O crime ocorreu em abril deste ano, e o julgamento teve início na última semana.
O idoso é acusado do crime de homicídio qualificado contra Yara Maeve Teixeira de Faria, de 45 anos. Yara era filha de José Maria. O crime aconteceu no dia 17 de abril deste ano, em Aparecida de Goiânia.
O julgamento teve início no dia 18 de junho, quando o advogado Roberto Serra da Silva Maia fez sustentação oral por videoconferência. Nela, o advogado ressaltou que o acusado é idoso septuagenário, se encontra extremamente debilitado por doenças graves, em comprovado quadro de comorbidade, sendo incluído no grupo de risco da covid-19. Além disso, foi questionada a legalidade da prisão preventiva decretada pelo juízo de primeiro grau.
Com a ordem de habeas corpus, concedida no julgamento, a prisão preventiva foi substituída pela domiciliar, com monitoramento eletrônico e outras cautelares diversas da prisão.
Yara Maeve trabalhou por vários anos na administração da empresa do empresa do pai. Entretanto, após desavenças, José Maria acusou a filha de ter desviado R$ 2 milhões da empresa, o que provocou a saída da mulher do negócio.
Ela saiu do negócio da família, não mantendo mais contato com seus familiares, e montou seu próprio estabelecimento comercial, no mesmo ramo de atividade.
Conforme a denúncia, no dia do crime, José Maria dirigiu-se até a empresa da filha, pedindo para falar com ela, o que foi prontamente atendido. Ao entrar na sala da filha, o denunciado sacou sua arma de fogo e disparou contra Yara, que chegou a clamar para que ele não fizesse aquilo, pois o amava. A vítima morreu no local.
Ton Paulo - Dia Online