Investigação policial aponta detalhes cruéis no assassinato de Amanda Albach, em Santa Catarina. Ela também foi coagida a avisar a família que estava voltando para casa
Jovem foi comemorar o aniversário de uma amiga em Imbituba e acabou assassinada - (crédito: Amanda Albach/Facebook/Reprodução)
O corpo de Amanda Albach Silva, de 21 anos, foi liberado neste sábado (4/12) e deve ser enterrado no domingo (5/12) em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba, Paraná. A jovem estava desaparecida desde 15 de novembro e foi encontrada morta na última quinta-feira (2/12), em um crime que tem se revelado cada vez mais cruel.
Segundo à Polícia Civil do Paraná, Amanda foi morta por uma das pessoas que a hospedaram durante o feriado da Proclamação da República e obrigada a cavar a própria cova antes de ser assassinada. Naquele fim de semana, ela foi até Imbituba, no litoral sul de Santa Catarina, para comemorar o aniversário de uma amiga.
Essa amiga e duas pessoas com as quais ela morava estão presas por suspeita de participação no crime. Em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira (3/12), os policiais contaram que a causa provável para o crime é um desentendimento casual entre um dos moradores da casa e à vítima.
“Um dos investigados se sentiu incomodado porque percebeu que a Amanda teria contado para terceiras pessoas que ele seria envolvido com tráfico de drogas, teria mandado uma foto da arma para essas pessoas”, explicou o delegado Bruno Fernandes, responsável pela investigação.
O último registro de Amanda viva havia sido realizada em uma festa, na praia de Jurerê, em Florianópolis (SC). A promotora de vendas enviou uma mensagem a um familiar na madrugada do dia 15 de novembro dizendo que pegaria um carro de aplicativo para voltar para casa. Depois disso, ela não deu mais sinal.
As investigações concluíram que neste momento Amanda já estava sendo coagida pelo assassino, que pretendia, com isso, despistar eventuais buscas à vítima. O próprio acusado confessou à polícia que, depois disso, levou a jovem a uma praia no município de Laguna, também em Santa Catarina.
Foi através da confissão de um dos acusados que os policiais descobriram o local do corpo e souberam detalhes da morte. “Nas palavras dele, ele coagiu ela a caminhar com a pá, coagiu a cavar a própria cova, deu os disparos, ela caiu e ele tapou”, resumiu o policial.
Agora, o laudo pericial deve confirmar, ou não, a versão apresentada pelos acusados e as investigações devem ser concluídas para apontar a responsabilidade criminal de cada um dos envolvidos.Amanda deixa uma filha de dois anos de idade e uma mãe adoecida.
“A mãe dela passou mal hoje e teve de ser encaminhada para atendimento médico. Ainda estamos na fase de reconhecimento. Temos essa batalha pela frente. Estamos satisfeitos com o trabalho da polícia, mas insatisfeitos com o desfecho”, explicou Michael Rodrigues, advogado da família da vítima, ao jornal Zero Hora.