Funcionária não queria ir até o carro para verificar a situação do homem de 101 anos
Uma mulher precisou carregar o avô, um idoso de 101 anos, para fazer a ‘prova de vida’ dentro de uma agência do banco Itaú, em Porangatu, na região Norte de Goiás. O caso ocorreu na manhã desta quinta-feira (15/8), e foi gravado pelos familiares de Nercilio de Souza Parente. De acordo com eles, tudo ocorreu após uma funcionária do local ter se negado a ir até o estacionamento para realizar o serviço.
Segundo a neta de Nercilio, a dona de casa Jane de Sousa Rosa, o idoso nãos e levanta e sofre com feridas pelo corpo, que surgem pelo tempo que passa sobre a cama. Por volta das 13h ela o levou a agência para fazer a prova de vida, procedimento obrigatório para todos os aposentados. Ao chegar no local, a mulher pediu a uma funcionária para fazer o procedimento diretamente do estacionamento, pois o idoso não tinha condições de caminhar até o local.
A servidora do banco teria se negado e ainda informado que como norma do banco nenhum outro funcionário poderia ir.
“Ela disse que nem que eu levasse ele com uma maca lá para dentro, porque ela não poderia ir lá fora. Eu falei assim: você disponibiliza de maca ou de cadeira de rodas? E ela disse que não. Falou que o dever era meu de levá-lo até o caixa, que eles não tinham a obrigação de me providenciar nada”, desabafou Jane
Neta carrega avô de 101 anos no colo para fazer prova de vida em banco de PorangatuDiante da situação e das negativas da servidora em realizar a prova de vida do lado de fora da agência, a dona de casa resolveu carregar o avô no colo até o caixa para conseguir atendimento. Com ajuda de um homem, Jane levou o idoso, de 101 anos, para dentro da agência, sem se quer ser ajudada pelos funcionários.
Um vídeo gravado por familiares de Nercilio e postado em uma rede social mostra toda a ação. Assista:
Jane relatou que pretende procurar ajuda na Polícia Civil e também no Ministério Público, mas o vídeo tem como principal objetivo mostrar o descaso com o idoso.
Em nota, o banco Itaú lamentou ocorrido e reconhece que o processo pode ser “desgastante”. Leia o posicionamento:
“O Itaú Unibanco lamenta o transtorno causado pela situação. Reconhecemos que a necessidade de deslocamento até uma agência pode ser um processo desgastante para algumas pessoas e, por isso, o banco estuda opções ao processo de realização da Prova de Vida, garantindo a segurança necessária na identificação dos beneficiários e seguindo as exigências do INSS.
Atualmente, existem alternativas caso o beneficiário esteja impossibilitado de ir à unidade bancária, como o cadastro de um representante legal ou procurador no INSS. Além disso, pessoas acima de 80 anos e/ou com incapacidade de deslocamento podem solicitar à autarquia que o procedimento seja realizado por eles no endereço indicado pelo requisitante”.
Informações: Portal G1