Criminoso também agredia a vítima, a mantinha em cárcere privado e a ameaçava de morte caso tentasse ir embora
Homem de 67 anos estuprava menina que, aos familiares, dizia ser sua filha (Foto: Divulgação / Polícia Civil)
Policiais civis da Delegacia de Arraial do Cabo (132ª DP) prenderam, nesta terça-feira (29), um homem de 67 anos de idade que estava sendo investigado por seis meses por pegar uma menina que vivia nas ruas pedindo dinheiro, levá-la para sua casa e estuprá-la por 26 anos. Por conta da violências sexuais, a vítima acabou engravidando do agressor.
O criminoso também a agredia, a mantinha em cárcere privado e a ameaçava de morte caso tentasse ir embora. Contra o homem, foi expedido pela Justiça mandado de prisão preventiva por continuar ameaçando a vítima durante as investigações.
Segundo a Polícia Civil, a vítima foi abordada pelo criminoso quando tinha 12 anos de idade, enquanto pedia dinheiro nas ruas do Rio de Janeiro. Com a promessa de lhe dar um emprego, além de abrigo e comida, o homem a levou para sua casa, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, e a apresentou para a família como sendo sua filha de um antigo relacionamento. A menina passou a ser tratada como filha pela esposa do acusado e como irmã pelo filho do casal. Dois dias após chegar à residência, começaram os abusos sexuais e, em seguida, os estupros, mediante ameaças de devolver a criança para as ruas caso contasse algo para sua família.
Além de abusar sexualmente da vítima, ele passou a agredi-la com socos e a ameaçá-la de morte quando ela, já adulta, começou a namorar e tentou sair de casa. O homem começou, então, a agredir também a esposa.
— Depois de anos de sofrimento, essa vítima, finalmente, teve coragem de contar para a família o que vinha acontecendo e pediu a ajuda do irmão para salvá-la, pois o agressor a mantinha em cárcere privado. O irmão, então, chamou a polícia — relatou a delegada de Arraial do Cabo, Patrícia Aguiar, via nota da Polícia Civil.
O agressor foi indiciado por estupro de vulnerável e por cárcere privado. Ele também responde por coação no curso do processo.