Uso do equipamento é proibido nestas áreas, uma vez que pode causar acidentes devido ao tráfego de aviões comerciais e militares
A Polícia Federal prendeu, na tarde dessa quinta-feira (18/3), um homem que sobrevoou um drone na região do Aeroporto Internacional de Brasília. O uso do equipamento é proibido nestas áreas, uma vez que pode causar acidentes devido ao tráfego de aviões comerciais e militares.
De acordo com a Inframerica, administradora do terminal, o homem visto pilotando remotamente o drone por volta das 16h. Em nota, a concessionária informou que “a equipe de segurança e vigilância agiu prontamente” ao flagrar a situação e, portanto, “não houve impacto nenhum à operação”.
O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão da Aeronáutica, estabelece que drones não podem levantar voo dentro de um raio de até 5,4 km de um aeroporto. A partir desse afastamento a até 9 km do aeroporto, os equipamentos só podem ser operados até uma altura máxima de 30 metros. Se o voo acontecer a uma distância superior a 9 km do aeroporto, os drones ficam liberados para atingir até 120 metros de altura.
Segundo a Inframerica, nessa quinta, além de estar dentro da área do terminal, o drone voou a 150 metros do chão, altura acima do permitido mesmo a 9 km do aeroporto. Na ocasião, o condutor do equipamento foi visto por vigilantes próximo ao hangar dos Correios, na via de acesso ao terminal, e levado até a delegacia da Polícia Federal, ao lado do local.
Sistemas internos de drones impedem que eles levantem voo em áreas mapeadas como proibidas. No entanto, essa medida tinha sido “desbloqueada” no equipamento apreendido.
A Infraero ainda ressaltou que “usuários de drones devem obedecer às regras de operação estabelecidas pelo Decea, Agência Nacional de Aviação Civil (Anaca) e Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que é a responsável pela certificação e homologação do equipamento”. “É necessária também uma autorização da Anac para a operação”, disse, na nota.
O homem foi autuado por “atentado contra a segurança do transporte aéreo”. O Metrópoles procurou a Polícia Federal para saber se ele segue detido e aguardava resposta até a publicação desta matéria. O espaço permanece aberto.