De acordo com Polícia Civil de Goiás, Francisco Joaquim Bispo confessou ter matado Luiza Helena Pereira por ciúmes
A Polícia Civil de Goiás indiciou um homem de 39 anos, na última quarta-feira (22/6), que admitiu ter matado a namorada por ciúmes. A vítima era a diarista Luíza Helena Pereira, de 38, que foi morta enforcada pelo companheiro, identificado como Francisco Joaquim Bispo Filho.
Francisco levou os policiais até uma cisterna na qual escondeu o corpo da vítima, em Cristianópolis, sudeste de Goiás. A prisão dele ocorreu em 15 de maio, em uma casa no município de Paranã, região sudeste do Tocantins. O suspeito cumpre prisão preventiva desde então.
A 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Aparecida de Goiânia indiciou o homem por feminicídio qualificado, com três qualificadoras: asfixia, com esganadura do pescoço da vítima; impossibilidade de defesa; e feminicídio. Além disso, de acordo com a investigação, ele também responderá por ocultação de cadáver. Se condenado, pode pegar uma pena superior a 30 anos de reclusão.
A defesa afirmou que o cliente “agiu no calor da emoção, do ciúme”. Após a conclusão do inquérito, o procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário. Ainda não há data prevista para julgamento.
Veja vídeo abaixo:
A delegada Luíza Veneranda, responsável pelo caso, relatou ao Metrópoles que o casal estava em um jantar na casa do irmão da vítima, em 9 de maio, quando começou a discutir.
“Quando eles retornaram para casa, voltaram a discutir. Ele estava com ciúme dela por ela usar o celular, e, nessa discussão, ele disse que agarrou o pescoço dela com as duas mãos e, quando a soltou, ela já não estava reagindo”, contou a delegada.
Momentos antes, segunda informações repassadas pela delegada, Luíza Helena teria falado para Joaquim parar de mexer no celular dela. “Isso o deixou muito incomodado e, em algum momento, ele foi ao banheiro e, durante esse período, a Luíza conversou com a cunhada e disse: ‘Não estou aguentando mais, ele é muito ciumento, muito possessivo e, quando eu sair daqui, vou terminar’”, afirmou.
O casal teria continuado a brigar na residência porque Joaquim estaria insatisfeito. “No interrogatório, ele disse que, depois que tirou as mãos do pescoço de Luíza Helena, ela caiu no chão, mas afirmou que ainda estava viva, respirando e piscando, embora não falasse nada”, afirmou a delegada.
Depois, de acordo com o relato, Joaquim contou que levou a namorada para a chácara dele, em Cristianópolis, na região sudeste de Goiás, onde deu banho nela. No local, porém, disse ter percebido que ela não estava melhorando. Por isso, conforme afirmou à polícia, decidiu levá-la ao hospital.
No entanto, durante o deslocamento até a chácara, teria parado para abastecer o veículo e, nesse momento, notou que já estava com a cabeça virada para o lado e com o corpo muito frio. Então, voltou para a chácara e jogou o corpo em um buraco cavado em 2019 para fazer um poço artesiano.
“Ele imaginou que ela tivesse só desmaiado. Ele pensou que poderia conversar com ela e pedir desculpas e, depois disso, eles reatariam ou terminariam. Ele disse que o objetivo nunca foi matar a mulher”, contou a delegada.
O Metrópoles não encontrou contato da defesa do suspeito nem de familiares da vítima até o momento em que publicou este texto. O espaço, no entanto, segue aberto para manifestações.