Crime aconteceu em maio de 2019, mas apenas 17 meses depois o homem procurou a polícia para confessar o crime
A motivação teria sido o idoso pegar água sem permissão na casa em que o autor estava (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
As investigações do assassinato de um idoso, de 70 anos, morto com golpe de machado enquanto dormia, foram concluídas nesta quarta-feira (21), após um homem confessar o crime, ocorrido em maio de 2019, no Setor Perobeiras, em Mineiros. A motivação do homicídio teria sido o idoso pegar água sem permissão na casa em que o homem estava.
O autor do crime estava morando temporariamente na casa do vizinho da vítima, e segundo a Polícia Civil, o homem e o idoso discutiram pois a vítima tinha o costume de pegar água na casa do ‘compadre’ sem permissão.
“O autor entrou pelas portas do fundo da casa, enquanto o idoso dormia, pegou um machado que estava por ali e agrediu a vítima com as costas do machado, sem chances dele se defender e ainda foi embora pela porta da frente”, explica o delegado do caso, Marcos Guerini.
Segundo o delegado, o que teria motivado o homem a confessar o assassinato, após 17 meses do acontecido, foi um “abalo psicológico” obtido por conta do que fez. “Na confissão ele disse resolveu confessar porque estava tendo sonhos com a vítima, que era melhor confessar do que viver com aquele peso”, detalhou Guerini.
O corpo do idoso foi encontrado em casa por uma vizinha, já em estado de decomposição, em maio do ano passado. Durante os 17 meses de investigação, a Polícia afirma ter ouvido todas as pessoas próximas da vítima e concluído todo o processo de perícia, mas que o caso ainda estava sem conclusão.
“Como o autor não morava na casa do compadre, apenas estava lá temporariamente, ninguém suspeitou de nada. Depois que ele cometeu o crime, pegou as coisas e foi embora. Ele teve tempo, porque o idoso só foi encontrado dias depois”, explica o investigador.
Mesmo com a confissão, feita há alguns dias, o delegado afirma que o inquérito só foi concluído nesta quarta pois a polícia teve que checar se a confissão e os dados obtidos pela perícia, se completavam. Como as informações se confirmam, o caso foi concluído.
O autor foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil, sem dar chance de defesa à vítima, podendo cumprir até 30 anos de reclusão. “Como não houve flagrante ele continua em liberdade, mas o processo vai ser remetido ao Poder Judiciário e deverá ser processado e condenado pelo crime de homicídio”, explicou o delegado.