Marcelo Marinho de Noronha, dois filhos e a esposa tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva por tráfico de drogas
A defesa do delegado da Polícia Civil do Distrito Federal Marcelo Marinho de Noronha, preso em flagrante na última sexta-feira (4) por tráfico de drogas, alegou que a plantação de maconha encontrada pela investigação em uma chácara em São Sebastião (DF), que pertence à esposa do delegado, era utilizada para uso terapêutico.
Em depoimento, o jardineiro que trabalhava para o delegado afirmou que recebia semanalmente R$ 700 para fazer a manutenção do jardim e do cultivo das plantas de maconha em um lote.
Um dos policiais presentes no flagrante afirmou que o esquema de produção da droga era industrial. “Nunca, em 22 anos de polícia, havia visto algo semelhante”, afirmou. Os agentes encontraram no local instrumentos como estufa, iluminação artificial, sementes, vasos, tesouras, balanças de precisão, documentos supostamente relacionados ao ilícito, armas e munições, inclusive de propriedade da Polícia Civil.
Segundo uma testemunha, os filhos Marcos e Ana Flávia costumavam ir à chácara, pelo menos, uma vez por semana e utilizavam drogas no local. Ao viajarem recentemente à Colômbia, Marcelo e a companheira teriam comprado sementes da planta para a produção, além de fornecimento de entorpecentes para terceiros, sendo estes apenas amigos.
Além do delegado, a esposa e os dois filhos foram presos. Eles respondem pelos crimes de tráfico ilícito e uso indevido de drogas e associação para a produção e tráfico.
O advogado de defesa, Cleber Lopes de Oliveira, irá entrar com o pedido de habeas corpus. “Houve uma precipitação da polícia em afirmar que o Marcelo, um delegado, estaria envolvido em esquema de tráfico. As plantas são pequenas ainda, são mudas, e muitas nem vingam. Não tem nenhum elemento que prove a participação do Marcelo na prática de tráfico”, defendeu o advogado
Tinham 24 pés de maconha no local, com a massa líquida estimada de 16,8 kg e 105 mudas pequenas. De acordo com os autos da audiência de custódia, a grande quantidade de plantas encontradas no local configura delito de tráfico e não apenas de produção para uso próprio da substância.
*Com informações do Correio Braziliense