Wesley Lacerda esclareceu que as despesas foram arcadas pela funerária e ele só intermediou o contato entre a empresa e a família
O advogado Wesley Lacerda, que atendeu a família de Lázaro Barbosa, negou, nesta quarta-feira (7/7), que tenha arcado com os custos do funeral de Lázaro. A busca pelo suspeito de assassinar quatro pessoas de uma família na Ceilândia terminou com a morte dele no último dia 28 de junho. O advogado disse que resolveu se pronunciar sobre a situação depois de falsas notícias serem espalhadas nas redes sociais que tentam ligar ele aos crimes de Lázaro.
"Não realizei pagamento de nenhuma despesa do funeral do Lázaro. Eu tinha decidido não comentar mais esse caso, mas eu tenho visto alguns vídeos me atacando e tentando vincular a minha imagem diretamente ao Lázaro", afirmou em vídeo publicado no Instagram.
No dia do enterro de Lázaro, uma representante da funerária que fez o enterro disse que os custos do sepultamento tinham sido uma acordo entre a empresa e o advogado. Agora, Wesley Lacerda esclarece que a funerária procurou ele e arcou com todos os custos. "São pessoas carentes, de pouco entendimento. O meu papel seria de apurar as informações e passar para elas de formas que elas pudessem entender. Procuramos o serviço social do Hospital Bom Jesus, que informou da possibilidade da família acionar o auxílio funeral. Um direito que qualquer pessoa tem. Logo após, eu recebi um direct de um senhor representado a funerária, falando que estavam sensibilizados com a família e que queriam oferecer um enterro digno. Eu falei com a família, eles aceitaram e eu entrei em contato com a funerária", explicou.
Segundo o advogado, o papel dele, então, foi o de conseguir uma procuração com a família para que a funerária pudesse fazer a retirada do corpo do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia. "Entrei em contato com familiares que estavam dando suporte para a mãe que estava em um desespero tremendo. O Lázaro era o último de três filhos vivo. A mãe perdeu os três filhos que teve. Estava muito desesperada. Ela não tinha condições de fazer [a procuração]. Eu entrei em contato com o pai e ele disse que faria esse último ato pelo filho", disse. "Foram os representantes da funerária que fizeram a retirada do corpo. Todas as despesas foram arcadas pela funerária. Eu não arquei com nenhuma despesa. Eu simplesmente prestei essas informações e fiz essa ligação", completou.
Em nota, a funerária Bom Samaritano disse que "sensibilizou-se com o sofrimento de uma mãe, esposa, tia e um pai, que naquele momento estavam perdendo alguém de sua família" e que por isso fez o enterro gratuitamente. A empresa ainda ressaltou que a conduta condiz com os valores Cristãos que são pregados por ela. "Em momento algum, esta empresa fez ou faz juízo de valor sobre as ações cometidas por este indivíduo, mas não poderia de maneira alguma omitir-se neste fato, diante dos princípios que regem esta empresa, que dita-se ser uma funerária da família cristã. E isso quer dizer exaltar o valor de Cristo e aquilo que Ele pregava, sem ater-se a religiões", afirmou.