O exército afirmou que o alvo era o "chefe de inteligência militar" do Hamas, Hasan Kaogi, e o "diretor de contrainteligência" do movimento islamista armado, Wael Isa.
Imagens impressionantes de um bombardeio de Israel que derrubou um prédio que abrigava uma TV ligada ao Hamas na faixa de Gaza, está circulando nas redes sociais. Se trata do conflito entre Israel e Palestina que nesses últimos dias se intensificou e já deixa mais de 70 mortos.
De acordo com jornais israelenses, o gerente de segurança foi instruído a retirar todos os funcionários do complexo, depois que mísseis não explosivos enviaram um alerta. Na sequência, bombas maiores foram lançadas por jatos de combate.
O exército afirmou que o alvo era o "chefe de inteligência militar" do Hamas, Hasan Kaogi, e o "diretor de contrainteligência" do movimento islamista armado, Wael Isa.
Além do crescente número de mortos, mais de 300 palestinos ficaram feridos e muitos foram retirados dos escombros de edifícios. Do lado israelense, mais de 100 pessoas ficaram feridas.
Veja o vídeo:
A escalada de violência começou após um fim de semana de tensão na Esplanada das Mesquitas, lugar sagrado para muçulmanos e judeus, situado no setor palestino de Jerusalém. Mais de 900 palestinos ficaram feridos em confrontos com a polícia israelense no leste da cidade.
Manifestantes receberam a polícia com pedras enquanto autoridades responderam com balas de borracha e granadas de atordoamento. Na segunda-feira (10), o Hamas lançou uma salva de foguetes como gesto de "solidariedade" aos 900 palestinos feridos.
O episódio aconteceu no dia que Israel comemorava a conquista de Jerusalém e da Cidade Velha murada. Em 2021, a data coincide com o fim do Ramadã, o mês de jejum dos muçulmanos — próximo à mesquita Al-Aqsa está o Muro das Lamentações, o local de oração mais importante para os judeus.
Jerusalém vive dias de tensão entre palestinos e Israel desde que famílias palestinas do bairro Sheikh Jarrah passaram a ser ameaçadas de despejo. A disputa pelo terreno, onde foram construídas várias casas de quatro famílias palestinas, começou após decisão do tribunal distrital de Jerusalém, que decidiu que judeus têm direito ao terreno. O caso agora está com a Suprema Corte de Israel, que realiza hoje uma nova audiência. Uma lei israelense, no entanto, diz que, se judeus puderem provar que sua família vivia em Jerusalém Oriental antes da guerra de 1948, eles podem pedir que seus "direitos de propriedade" sejam restaurados.
Protestos contra a expulsão de famílias palestinas acontecem há semanas. Para especialistas, os atuais confrontos na Esplanada das Mesquitas são os mais violentos desde 2017.
*Com informações Uol.