"Desde o início do ano, participo da caçada aos asteroides da Nasa. Eu vejo as imagens pelo telescópio e estudei o sistema solar do instituto no Havaí" - Laysa
Laysa Peixoto Sena Lage, de 18 anos, acabou descobrindo um asteroide novo, até então não identificado pelos cientistas.
Enquanto analisava em sua casa imagens obtidas por observatórios astronômicos de todo o mundo, a estudante Laysa Peixoto Sena Lage, de 18 anos, acabou descobrindo um asteroide novo, até então não identificado pelos cientistas.
A descoberta ocorreu em agosto do ano passado. Nove meses se passaram e a jovem de Contagem (MG), agora está de malas prontas para os Estados Unidos participar de um treinamento para ser astronauta na NASA!
“Serei tripulante da Expedição 36 do curso Advanced Space Academy da NASA, em que serei treinada como astronauta. Esse é um grande passo na minha jornada até me tornar a primeira mulher brasileira a ir ao espaço, que é meu maior objetivo”, disse Laysa.
A mineira conseguiu se destacar na seleção por ter descoberto um asteroide e ser medalhista de olimpíadas científicas. Há dois anos, por exemplo, ela levou a medalha de prata na 23ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA).
Meses depois, chegou à final da Competição Internacional de Astronomia e Astrofísica, sendo contemplada com a medalha de bronze. “Estou muito animada para o treinamento. Estou me preparando para os desafios que fazem parte de uma missão espacial e nada é mais empolgante que isso”, contou Laysa.
Ela deve ficar nos EUA por um mês enquanto faz o curso de astronauta. Nesse meio-tempo, também poderá conhecer outros complexos da NASA.
Fui um longo caminho percorrido para chegar à NASA. No ano passado, Laysa criou uma vaquinha para arcar com as despesas da viagem. “Recebi ajuda de muitas pessoas que estão me apoiando nessa ‘jornada nas estrelas'”, disse.
Após a descoberta do corpo celeste em agosto de 2021, Laysa pôde batizá-lo, escolhendo o nome “LPS 003”, cujas letras são as iniciais de seu nome e sobrenome.
Em entrevista ao portal G1, ela disse que é interessada por astronomia desde o início do ano passado, quando viu no site da Nasa a campanha de “caça asteroides”.
O projeto é realizado em parceria com a The International Astronomical Search Collaboration.
“Desde o início do ano, participo da caçada aos asteroides da Nasa. Eu vejo as imagens pelo telescópio e estudei o sistema solar do instituto no Havaí. Analiso pixel por pixel da imagem, percebo algumas características e valores.
Aí fui enviando relatório para eles. Depois de um tempo, eles comprovaram que era um asteroide mesmo e, por enquanto, ele terá as iniciais do meu nome. Ganhei até certificado”, contou Laysa, que na época estava no 2º período de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Antes de ingressar no ensino superior, Laysa estudou em uma escola pública e sempre foi apaixonada pelas estrelas.
“É uma experiência indescritível, sempre foi meu sonho poder contribuir com a física, com a ciência (…) sempre fui apaixonada pelas estrelas e o que me deixa mais feliz é que estudei a vida inteira em escola pública, então, independentemente de onde a pessoa estudou, ela pode realizar sonhos e conseguir o que quiser”, comemorou.
Fonte: Aventuras na História
JOAO CARLOS FERREIRA NERI
Tinha que ser mineira....