PS-ITA, uma das aeronaves da Itapemirim Transportes Aéreos que será devolvida
Após rumores de que empresas de leasing teriam pedido três aeronaves de volta, a Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) vai enviar duas delas para os Estados Unidos no dia 17 de janeiro. São elas as PS-SFC e PS-ITA, ambas de propriedade da DCAL 2 Leasing Limited.
De acordo com documento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), obtido com exclusividade pelo Congresso em Foco, o motivo dos voos é “translado para uma base onde a aeronave será armazenada” no Tucson International Airport, localizado no estado do Arizona.
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A solicitação de autorização especial de voo internacional não trata nem de manutenção das aeronaves no exterior e, tampouco, sobre o retorno dessas aeronaves ao Brasil.
Logo após o cancelamento dos voos da Itapemirim e da suspensão do certificado de operador aéreo da empresa, fontes do mercado de aviação civil afirmaram que os lessors, empresas proprietárias das aeronaves usadas pela Itapemirim, haviam pedido a devolução das aeronaves.
A assessoria de imprensa da Itapemirim Transportes Aéreos, porém, nega que o pagamento do leasing dos aviões esteja atrasado e afirma que o motivo do envio das aeronaves seria a realização da manutenção no exterior porque a TAP Maintenance & Engineering, no Brasil, estaria encerrando suas atividades e não teria como fazer o serviço. Eles negam que as aeronaves estejam sendo devolvidas ao locador.
Porém, no ofício da Anac, encaminhado ao deputado Roman (Patriota-PR), é a própria TAP M&E que atesta a condição segura de voo das duas aeronaves, após ter realizado inspeção física e documental das mesmas.
“É importante esclarecer que o pedido para essa autorização tem que ser formulado por organização com reconhecida capacidade de executar manutenção no equipamento que se pretende transladar”, diz trecho do documento referindo-se a TAP M&E, empresa ligada à TAP, empresa aérea de Portugal.
O certificado de operador aéreo da Itapemirim Transportes Aéreos foi suspenso pela Anac no dia 17 de dezembro, mesmo dia em que a empresa suspendeu todos os seus voos, e foi sido proibida de comercializar passagens desde o dia 8 de janeiro.
Veja aqui a íntegra do ofício da Anac: