De acordo com as entidades sindicais, a reforma prejudica a aposentadoria digna ao policial. O Ato é nacional
Entidades sindicais da Polícia Civil anunciaram nesta sexta-feira (10) que todas as atividades da corporação serão paralisadas totalmente na próxima segunda-feira (13), entre às 13h e 18h, em todos os estados.
Na nota divulgada pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e União dos Policiais do Brasil (UPB), as entidades informam que o ato tem o objetivo de manifestar repúdio ao texto da PEC 06/2019, que prejudica consideravelmente o direito de aposentadoria digna ao policial.
Segundo as entidades, a reforma da previdência não afeta apenas a classe policial, mas também toda a população. Contudo reforça que, caso seja aprovada, a PEC vai destruir a aposentadoria do policial.
De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Goiás (Sinpol), Wânia Cristina Rodrigues de Araújo, a reforma mexe em vários pontos da aposentadoria do policial, sendo as principais a integralidade do salário e a paridade. “Caso seja aprovada a reforma, nós podemos aposentar com um valor menor do que recebíamos e sem os ajustes de acordo com a classe ativa”. lamenta Wânia.
Pela regra atual, não ha idade mínima para que os policiais civis e federais possam se aposentar. Os agentes penitenciários e socioeducativos não possuem regra especial. Pela proposta do governo, para conseguir se aposentar, os policiais civis, federais e agentes penitenciários precisarão ter, no mínimo, 55 anos, tanto para homens como para mulheres.
Já em relação ao tempo de contribuição, atualmente funciona com 30 anos para homens, com 20 de exercício, e 25 para mulheres com 15 de exercício. Com a reforma, o tempo mínimo de contribuição seria de 25 anos para as mulheres, desde que tenham 15 anos de exercício e 30 para homens, com 20 de trabalho. Já para agentes , o tempo mínimo é de 20 anos, tanto para homens como para mulheres.
Policiais civis de Goiânia vão se concentrar das 13h as 18h desta segunda-feira (13) na Central de Flagrantes da capital. No interior, a mobilização será nas sedes das regionais. Os serviços que chegarão nas delegacias nos horários da manifestação, serão realizados após o horário do ato.
Em nota a PC disse que não irá se pronunciar por se tratar de um assunto de classe.
Kayque Juliano - Do Mais Goiás