Além das queimaduras de segundo grau, Deusa Kannon teve que passar por intervenção cirúrgica. Mulher denunciou estética de Niterói nas redes
Uma empresária de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, quase perdeu a visão após uma clínica estética usar super bonder para colar sua extensão de cílios. Deusa Kannon do Amarante Kalife fez a extensão de cílio no dia 2 de dezembro de 2021, mas só revelou o caso nesta semana.
Segundo a empresária, para realizar o procedimento, a esteticista usou o produto para a extensão de cílios misturado com a cola super bonder. A cola é um produto destinado a fins específicos, portanto não deve ser usado na pele.
A esposa de Deusa Kannon relatou que a esteticista usou a testa da empresária como apoio para o procedimento. Foi nesse momento que teria escorrido a cola na face da vítima.
Na hora, a esteticista chegou a utilizar removedor de esmalte para tentar tirar o produto, mas não conseguiu. Ainda de acordo com a família, não houve socorro de ambulância no estabelecimento.
Vídeo divulgado
Em vídeo publicado nas redes sociais, a empresária mostrou desespero ao ver a cola em cima dos cílios impedindo que ela abrisse os olhos. “Pele tá queimada, tá ardendo aqui”, reclamou Deusa em vídeo.
“Aconteceu no Werner Coiffeur de Itaipu, localizado no Shopping Multi Center. Este vídeo da lesão corporal (queimaduras) foi feito dentro do salão, pela própria esteticista Fabiana, logo após ter utilizado a testa da minha companheira e ter derramado cola em sua face. Ela ficou desesperada sentindo dores, passando muito mal, com seu olho colado sem poder enxergar”, conta a esposa de Deusa, Luciene Assis, nas redes sociais.
“Detalhe, segundo dito a nós pela própria esteticista, a cola estava batizada com super bonder, uma vez que as clientes estavam reclamando que os cílios estavam caindo depressa após realização do procedimento. A esteticista utilizou removedor de esmalte para tentar remover a cola. Não chamaram a ambulância, total negligência”, continuou a esposa da vítima.
A mulher precisou passar por uma cirurgia de emergência com cirurgião plástico. Segunda a companheira de Deusa, o procedimento foi realizado pois o ferimento evoluiu para uma úlcera com risco de lesão na córnea.
“O cirurgião teve de mexer na pálpebra esquerda para não ficar com aparência desigual no rosto. Nas demais lesões não pôde mexer, pois ela é muito nova e não tem pele para esticar”, explicou Luciene.
A empresária sofreu queimaduras de segundo grau, provocadas pela cola utilizada. Segundo Luciene, Deusa está passando por tratamento com psicólogo devido ao trauma. O caso foi registrado na 81ª DP (Itaipu).