O jatinho que levava a banda colidiu contra a Serra da Cantareira e não deixou nenhum sobrevivente
O dia 02 de março de 1996 entrou para a história do Brasil. Há exatos 24 anos todo o país se emocionava e dava adeus aos Mamonas Assassinas.
Fenômeno musical da época e celebrado até hoje, a banda, antes chamada de Utopia, formada por Dinho, Bento, Sérgio, Júlio e Samuel, apresentava músicas com letras críticas e divertidas, assim como as performances. Entretanto, uma fatalidade encerrou, de maneira repentina e adiantada, a carreira dos jovens.
Com sucesso nacional de pouco mais que um ano e meio, os Mamonas Assassinas gravaram um único álbum. Nele, ficaram eternizados sucessos como Pelados em Santos, Robocop Gay, Vira-Vira, Uma Arlinda Mulher, Chopis Centis, Mundo Animal, Lá Vem o Alemão, Sabão Crá Crá, Sábado de Sol e Não Peide Aqui Baby. Foram vendidas mais de 3 milhões de cópias do CD.
O acidente
Após um show para 4.5 mil pessoas no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, que encarrava a turnê do primeiro disco da banda, os jovens voltariam para São Paulo e já fariam malas para o início de uma turnê internacional em Portugal.
A apresentação durou pouco mais de 1h e os Mamonas partiram rumo à capital paulista. Por volta das 23h16, o jatinho em que estavam colidiu contra a Serra da Cantareira, em SP, após uma tentativa de arremetida do piloto. Ninguém sobreviveu.
A mobilização foi total. Admiradores, artistas, meios de comunicação e até clubes de futebol sentiram a perda e homenagearam os ídolos.
Gosto é gosto
Os fãs fizeram questão de, como forma de homenagem, deixar mensagens de carinho nas redes sociais neste dia 02, compartilhando fotos, clipes e lembranças dos garotos. “E pra hoje oque tem é saudade! E muita saudade!”, “me lembro da notícia como se fosse hoje, toda a comoção, as reportagens. Passa muito rápido o tempo”, “Mamonas Assassinas serão relembrados por 1000 anos”, são algumas das declarações que podem ser lidas na web.
Os Mamonas Assassinas são considerados referência por muitos fãs e amantes de música, mas há quem diga que a banda se eternizou apenas devido ao acidente.
“Morreram 5 jovens, isso é muito triste. Agora, na real a música popular brasileira não perdeu nada, absolutamente nada. Se existir morrer na hora certa, esse é um típico clássico, morreu na hora certa”, “teria acontecido como aconteceu com as outras, cairiam no ostracismo e ficariam fazendo um showzinho aqui outro ali e no carnaval, mais nada”, “pena, pela morte de jovens; Sorte da juventude pela péssima qualidade de música… Já a mídia valorizava o LIXO MUSICAL, como cultura popular, como hoje…”, comentaram alguns internautas.
Um comentário de defesa, entretanto, resume o que todos os admiradores dos Mamonas pensam: “A banda fez sucesso na década de 90, teria feito nas de 2000, 2010 ou qualquer outra. Simplesmente porque eles encarnavam o que o Brasileiro tem de melhor: Irreverência, deboche, energia, talento. Nenhum mimimi seria páreo para os moleques desbocados de Guarulhos”, afirmou um internauta.
Rayana Caetano - Mais Goiás