Suspeito se apresentou espontaneamente à DPCA, junto com o advogado de defesa, João Fernandes
Veterinário nega que tenha estuprado estagiária dentro de clínica, em Goiânia (Foto: Leitor/Mais Goiás)
O veterinário suspeito de estuprar uma estagiária, de 17 anos, dentro de uma clínica, no Parque Amazônia, em Goiânia, negou que tenha cometido o crime. Ele se apresentou espontaneamente à Delegacia de Proteção da Criança e Adolescente (DPCA), na tarde desta quarta-feira (19), juntamente com o advogado, João Fernandes.
De acordo com a delegada titular da DPCA, Ana Elisa Gomes, o veterinário ficou em silêncio durante o depoimento. Além disso, ele também se negou a oferecer material genético. “É um direito constitucional dele de não produzir provas contra si mesmo”, relata.
A delegada conta que algumas pessoas entraram em contato com a delegacia para relatar possíveis assédios cometidos pelo veterinário. Entretanto, nenhum depoimento foi formalizado pessoalmente na DPCA.
Apesar do silêncio do suspeito, a delegada afirma que a investigação segue em andamento. “Vamos ouvir pessoas da clínica, da família da vítima. O DVR [gravador de imagens] foi trazido por um dos responsáveis pela clínica e apreendido pela corporação”, pontua.
João Fernandes alegou que o cliente está “abismado e perplexo” com as acusações e que “procurou colaborar direta e indiretamente para o bom andamento do inquérito policial.” Leia a nota completa na íntegra
O médico veterinário se apresentou espontaneamente conforme a orientação do advogado de defesa João Fernandes. Onde, a todo momento, procurou colaborar direta e indiretamente com o bom andamento do inquérito policial.
Em seguida, o acusado prestou as declarações pertinentes, não adentrando no mérito, haja vista dos laudos e exames não terem sidos concluídos. Por fim, a defesa do acusado comprometeu com a autoridade policial a continuar colaborando com os trabalhos da policiai judiciaria.
Advogado João Fernandes
Relembre o caso
De acordo com a Polícia Civil (PC), o estupro aconteceu no último domingo (16). A adolescente é estudante do 3º ano do Ensino Médio e faz um curso técnico de auxiliar de veterinária e, por isso, começava o estágio na clínica. Em depoimento, a estagiária disse que, logo nas primeiras horas que estava no local, ficou constrangida, pois, segunda ela, o suspeito foi invasivo, a tocava e dava beijo no rosto dela entre uma conversa e outra.
“Ela estranhou o comportamento do veterinário logo no início do estágio e afirma que o homem fez perguntas de muita intimidade. Perguntou se ela fazia uso de alguma medicação, questionamentos bem impróprios. Diante do constrangimento, ela chegou a mandar uma mensagem para a mãe relatando o que estava ocorrendo”, disse a delegada na última terça-feira (18) ao Mais Goiás.
A menor explicou que o estágio era no regime de plantão e o expediente foi iniciado à noite, pois o local funciona 24 horas. A menina contou que foi surpreendida pelo homem por volta das 23 horas. Ele, então, teria a levado para um alojamento, onde não há câmeras de segurança. No local, conforme a adolescente expôs à delegada, ela foi estuprada e o suspeito fugiu na sequência. Logo depois, ela pediu ajuda ao namorado e familiares por meio de mensagens.
Mais Goiás