O chefe da Casa Civil, Anderson Máximo, confirmou que Ronaldo Caiado já tem um "plano B" caso o socorro financeiro prometido pelo Planalto venha a tardar.
Diante da pressão e da continuidade da crise financeira em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (DEM) parece não estar mais disposto a contar somente com a ajuda prometida pelo Governo Federal para a recuperação do Estado. Em entrevista ao programa Contraditório da TV Metrópole na noite da última segunda-feira (13/5), o chefe da Casa Civil, Anderson Máximo, confirmou que o governo já tem um “plano B” caso o socorro vindo Planalto venha a tardar.
Apesar da confirmação por parte do Palácio do Planalto de que o chamado Pacote de Equilíbrio Fiscal (PEF) será finalmente lançado nesta semana, a medida de socorro financeiro aos Estados ainda precisa passar pelo crivo do Congresso Nacional.
O PEF, que recebeu do governo o apelido de Plano Mansueto (em referência ao secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida), prevê a concessão de empréstimos com garantia da União (nos quais o Tesouro cobre eventuais calotes) no valor R$ 13 bilhões por ano. Questionado se o governo de Goiás possuía um “plano B” ou uma “carta na manga” caso o auxílio federal demorasse a chegar, Anderson Máximo confirmou que a estratégia, nessa hipótese, é recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
O chefe da Casa Civil, uma das principais pastas do governo, ainda declarou que a situação do Estado ainda é alarmante e que Caiado tem feito uma minuciosa análise dos contratos do Estado, “realizando enxugamentos onde devem ser realizados” como uma das formas de fazer caixa. Questionado sobre o polêmico projeto do governo que cortava o benefício do Passe Livre Estudantil de mais de 60 mil estudantes, Máximo simplesmente confirmou o recuo: “O projeto já foi retirado”.
O alinhamento ideológico e a proximidade entre Ronaldo Caiado e o presidente Jair Bolsonaro parecem não ter surtido muito efeito na prática. Em entrevista na rádio Sagres730 no início do mês, Caiado revelou-se impaciente com a demora da União de enviar ao Congresso o projeto da Lei de Equilíbrio Fiscal dos Estados. O governador revelou que reclamou diretamente ao ministro Paulo Guedes sobre a questão, pedindo celeridade no socorro financeiro.
Isso porque o Governo Federal havia prometido enviar o projeto no início de abril para votação até o fim do mês. Entretanto, a promessa não foi cumprida. O lançamento da medida só foi confirmado ontem (13/5) pelo Palácio do Planalto, mas precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional para entrar em vigor.
Informações: Dia Online