Seguindo o que será adotado nas redes privadas, o ensino público também deverá apostar no rodízio de alunos e continuar aulas remotas
A exemplo das escolas particulares, que, conforme noticiou mais cedo o Mais Goiás, planejam adotar o sistema de rodízio de alunos para aulas presenciais a partir de agosto, a rede pública de ensino também analisa a possibilidade de seguir o modelo. A informação é da secretária da Educação, Fátima Gavioli.
Gavioli diz que os representantes das redes privada, estadual, municipal pertencem ao mesmo comitê de gerenciamento de crise e, em conjunto, estão fechando um plano de retorno coletivo que, ao ser aprovado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), será colocado em prática. Mas, antes disso, cada rede adota o seu plano de maneira individual.
“Faremos o debate desses planos para o Conselho Estadual de Educação e, posteriormente, aos órgãos da Saúde. Eles contam com informações como as medidas de segurança que terão que ter tomadas, quantos metros um aluno terá que ficar do outro, quais turmas voltarão primeiro”, diz a secretária.
Fátima afirma que, se o modelo for aprovado, a rede estadual deve voltar às atividades no próximo dia 4 de agosto para receber professores e servidores que não fazem parte do grupo de risco. Os servidores que fazem parte do grupo de risco ainda estão no regime de teletrabalho. Já no dia seguinte, será a vez dos alunos que não conseguiram acompanhar as aulas remotas e/ou realizar as atividades.
“Dessa data até o próximo dia 21 vamos levantar o histórico desse aluno. Saber o que aconteceu, qual motivo levou para ele não acompanhar as atividades, realizar uma avaliação, e confeccionar um plano de estudo para ele para ajudá-lo reforço”, destaca. No dia 26 de agosto, a 3ª série do ensino médio será chamada às aulas presenciais.
Fátima explica que no mês de julho, que é férias dos professores, diversos conteúdos serão transmitidos pela TV Brasil Central para servirem de reforço para os alunos. E, em agosto, será realizada avaliação diagnóstica para saber a evolução da aprendizagem, habilidades e competência durante à pandemia.
Fátimadestaca que esse plano de retorno será apresentado em julho para toda a sociedade. Ela conta que não há possibilidade nenhuma de voltar sem uma decisão científica e técnica. A secretária também conta que o rodízio de alunos será baseado em o estudante ir à escola na segunda, apresentar as atividades e voltar na instituição de forma presencial na outra semana. “Mas caso os pais que não quiserem encaminhar o filho para a escola, poderão optar pelo estudo remoto. Vale lembrar que o professor também terá menos carga horária presencial para desenvolver as atividades remotas”, finaliza.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) destaca que “a volta às aulas presenciais depende da avaliação do quadro epidemiológico e recomendações das autoridades sanitárias responsáveis. ” Além disso, a pasta pontua o retorno “deve priorizar a segurança dos alunos e servidores, requerendo responsabilidade e planejamento.”
Ainda no texto, a SME pontua que tem dado início as adequações das instituições, mesmo sem a confirmação de um período de retorno. “A primeira ação se refere à entrega de 4 mil itens de mobiliário, sendo mesas para refeitório e prateleiras para estoque de alimentos, obedecendo a regras de órgãos de vigilância sanitária e permitindo maior distanciamento entre os alunos durante as refeições. Também estão sendo feitos planejamentos quanto à estrutura física, bem como adequação às normativas das autoridades sanitárias, como espaçamento mínimo entre alunos, estrutura da cozinha, entre outros pontos”, finaliza o texto.