Os anapolinos já estão acostumados com o mês de agosto quente e seco, porém, justamente por esses motivos, a vegetação e, consequentemente a saúde da população, fica em risco.
Isso porque, além de lidar com a baixa umidade do ar e as elevadas temperaturas, a poluição também se soma. Em 2024, por exemplo, o estado de Goiás teve um acréscimo de 49% no número de incêndios.
Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás (CBMGO), Licurgo Borges, em 2023, até o mês de julho, foram 3.615 atendimentos de ocorrências de incêndios em vegetação, enquanto que no mesmo período de 2024 chegou a 5.394.
Ao DM Anápolis, ele deu dicas de como evitar que esses números continuem crescendo. “Primeiro, não iniciar queimadas de qualquer natureza (fogueiras, limpeza de lote, etc.), principalmente nesta época mais crítica do ano nos meses de agosto até outubro”, afirmou.
“Não queimar lixo em terrenos e pastagens e não jogar bitucas de cigarros na vegetação, nas rodovias e beiras de estradas”, completou Licurgo. Outra orientação é não utilizar o fogo para queimar lixo para realizar a limpeza de qualquer tipo de lote ou pastagem.
“Nesta época do ano o manejo do fogo é proibido, pois se alastra muito facilmente em virtude das condições ambientais”, reforçou o capitão. Ele cita a Lei 9.605/98, chamada de Lei de Crimes Ambientais, como uma das possíveis punições para quem insistir em realizar alguma das ações listadas.
“Prevê multas e até prisão para quem provocar incêndios na mata ou floresta e para quem fabricar, transportar e soltar balões. Já a Lei 4.771/65, que institui o Código Florestal brasileiro, determina que para o uso do fogo controlado, o cidadão deve antes entrar em contato com o Ibama do seu estado”, concluiu.