Durante as investigações, a Polícia Civil fez uso de luminol na casa e carro da suspeita. Sangue humano foi detectado em ambos os lugares.
A Polícia Civil do Estado de Goiás, através do Grupo Antissequestro (Gas/Deic), realizou na última semana, início de abril, a prisão preventiva de uma mulher acusada de ter matado seu companheiro e ter escondido sua morte por cerca de um ano. O crime ocorreu em abril do ano passado, em Goiânia, quando a vítima desapareceu, e, segundo as investigações, teria tido um relacionamento extraconjugal do homem como motivação.
Segundo apontado pelas investigações, o homem estava desaparecido desde o dia 28 de abril de 2019. Na ocasião, ele havia passado a madrugada na companhia de sua mulher em um motel de Goiânia, quando, por volta das 7h, retornaram para casa. A partir de então, ele não foi mais visto.
No dia 2 de maio do mesmo ano, a filha da vítima, preocupada com o sumiço do pai, informou o desaparecimento na Polícia Judiciária. Quando questionada, a suspeita do crime informou que o homem havia saído para visitar a filha e não voltou mais. Mas ao contrário da moça, a mulher não se preocupou em registrar o desaparecimento.
Corpo do marido foi encontrado, em Goiás, mas mulher fingiu não reconhecê-lo
Ainda de acordo com a Polícia Civil, logo após o desaparecimento, sem nenhum motivo aparente, a mulher mudou-se da residência onde vivia com a vítima, retirando todos os móveis do local e se desfazendo do veículo utilizado no dia do fato.
No dia 17 de outubro do mesmo ano, o corpo da vítima foi finalmente localizado, em uma zona rural do município de Indiara, a 100 quilômetros de Goiânia. O cadáver já estava em estado avançado de decomposição, envolto em sacos plásticos.
Antes de identificar o DNA do corpo, a Polícia apresentou à mulher as fotos dos restos mortais da vítima para reconhecimento. Ela negou se tratar do companheiro, apesar de, nas fotos, ser possível identificar claramente as roupas e cinto da vítima.
Exame de luminol apontou indícios de sangue no carro e casa da suspeita
Diante da negativa da suspeita, a Polícia Civil prosseguiu com as investigações. Foi quando realizaram o exame de luminol (reação usada por criminalistas para detectar vestígios de sangue em cenas de crime) na residência e no veículo de propriedade da autora. Em ambos os lugares o resultado foi positivo para sangue humano.
Além disso, conforme as investigações policiais, ela também utilizou o telefone da vítima após o seu desaparecimento, reforçando as suspeitas de homicídio. A polícia constatou que vítima e autora mantinham relacionamento conturbado e violento, com agressões recíprocas e a motivação do crime foi um relacionamento extraconjungal do homem descoberto pela companheira pouco antes do homicídio.
Após ser presa, a mulher confessou o homicídio do companheiro.
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