Dois suspeitos do crime foram presos e confessaram. Vítima foi morta a tiros e teve corpo abandonado em mata.
José Francualdo Leite Nóbrega, policial penal de 35 anos, foi assassinado ao suspeitar do desvio de dinheiro por parte de seus funcionários em uma empresa de sua propriedade, conforme revelou o delegado Vinícius Máximo. Dois colaboradores foram detidos e, de acordo com as autoridades policiais, admitiram a autoria do crime. Outras três pessoas estão sob investigação por suposto envolvimento na ocorrência.
Os nomes dos indivíduos detidos não foram divulgados, dificultando a identificação de suas defesas até o momento da última atualização desta reportagem.
Francualdo estava desaparecido desde 28 de novembro e seu corpo foi descoberto em 6 de janeiro. Além de policial penal, ele possuía uma loja que alugava equipamentos para construção.
"Ele desconfiou que seus funcionários estavam desviando dinheiro da empresa e começou a pressioná-los. Os dois detidos confessaram o crime, alegando que cometeram o assassinato devido ao elevado nervosismo do policial penal", explicou o delegado.
Conforme as investigações, Francualdo costumava realizar churrascos em sua propriedade durante o fechamento de caixa da empresa, convidando alguns colaboradores. "Durante a confraternização, os funcionários obstruíram uma mangueira que abastecia a residência. Ao tentar corrigir o problema, a vítima foi morta a tiros", acrescentou o delegado.
Dos três funcionários presentes no churrasco, dois foram detidos. O terceiro colaborador e outras duas pessoas suspeitas de auxiliar no crime estão foragidos e ainda não foram localizados e detidos pelas autoridades policiais.
A investigação foi iniciada após o carro do policial ser encontrado queimado na zona rural de Paranoá, Distrito Federal, mas com indícios de que o agente poderia ter sido morto em Águas Lindas de Goiás. Segundo o delegado, logo no início da investigação, após depoimentos e quebras de sigilo, foi possível concluir que os funcionários da vítima seriam os suspeitos do crime.
Os dois homens que trabalhavam na loja da vítima foram presos depois de irem à casa da família de José Francualdo. No local, os familiares pressionaram um dos suspeitos, que acabou mostrando onde o corpo estava.
"Alguns dos envolvidos continuavam frequentando a [casa da] família da vítima normalmente. Um dos que nunca havia ido lá foi, os familiares começaram a questionar, ele ficou muito nervoso e ele decidiu falar onde estava o corpo", explicou o delegado.