Mais de 1 mil pés são cultivados em Goiânia. Segundo pesquisadores da Emater, mudas devem ser entregues aos produtores após registro no Ministério da Agricultura
Após uma pesquisa realizada pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), o pequi sem espinhos está cada vez mais perto de chegar à mesa dos goianos. Mais de 1 mil pés do fruto são cultivados em Goiânia e devem ser distribuídos aos produtores em cerca de 1 ano.
Um vídeo mostra a diferença entre o pequi comum e o sem espinhos (veja acima).
A pesquisa começou a ser desenvolvida há quase 20 anos em parceria com a e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e aguarda apenas o registro do fruto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“Com os ‘bons ventos’ em um ano, no máximo um ano e meio, já teremos esse pequi registrado e podendo fazer a entrega ao produtor”, explicou o diretor de pesquisa agropecuária, João Osmar Junior.
Segundo Elainy, o estudo começou naturalmente após um produtor ter descoberto um fruto de uma muda da planta de pequi sem espinhos em uma fazenda, em Cocalinho, no Mato Grosso. A pesquisadora foi até a propriedade, retirou alguns galhos do pé e deles fez clones naturais da planta.
“O produtor descobriu o pequi sem espinhos e até tentou reproduzi-lo, mas não conseguiu. Lá fomos nós, na propriedade dele, e fizemos um clone da planta do pequi com o uso da técnica de enxertia. A planta foi multiplicada, e está sendo estudada e acompanhada”, diz Elainy.