Em um período de um ano e meio, segundo as investigações, ao menos 13 mil diplomas foram ofertados de forma irregular.
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpre na manhã desta terça-feira (3/9), pela Operação Darcy Ribeiro, 19 mandados de busca em apreensão em instituições de ensino de Goiânia, investigadas por vender diplomas de cursos superiores.
As apurações, que tiveram início há dez meses, apontam que, em um ano e meio, ao menos 13 mil diplomas foram ofertados de forma irregular.
De acordo com o delegado Glaydson Carvalho, responsável pelo caso, os alunos favorecidos pagavam o valor médio de R$ 1.200 pelo “curso”. Com o valor, eles conseguiam pegar o documento sem comparecer às aulas ou terminar a graduação. As 13 mil ofertas irregulares somam alunos matriculados e já formados.
Os crimes apurados são estelionato, falsificação de documento público, associação criminosa e sonegação fiscal. A Operação Darcy Ribeiro foi deflagrada na manhã desta terça-feira (3/9).
Em operação que investigou venda de diplomas, Polícia apreendeu R$ 440 mil com alguns investigadosDe acordo com as informações da Polícia Civil, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão os policiais civis apreenderam R$ 440 mil em dinheiro nas residências de alguns dos investigados.
Segundo o delegado responsável pelo caso, a maioria das faculdades que estão sendo investigadas oferecem cursos de segurança pública.
Ainda de acordo com informações do delegado, os diplomas são originais, porém essas instituições de ensino que emitiram o documento não poderiam incumbir esse serviço a outras faculdades. “Isso acontece devido a uma determinação do Ministério da Educação e Cultura que proíbe que as faculdades terceirizem a emissão de diplomas.”
A corporação ainda segue com a investigação e os proprietários dos cursinhos e representantes das faculdades devem ser ouvidos.
Caso seja comprovada a fraude, todos os envolvidos, inclusive os alunos que não frequentaram as aulas e receberam o diploma, serão indiciados por estelionato, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
A polícia não divulgou os nomes das faculdades envolvidas. As instituições seguem funcionando normalmente.
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