Cirurgião pediatra Zacharias Calil disse que irmãs estão estáveis e não precisam mais de antibióticos
Pai das siamesas separadas em um hospital de Goiânia, Fernando de Oliveira dos Santos comemorou a recuperação das filhas e disse que já está planejando a volta para casa. Segundo o cirurgião pediatra Zacharias Calil, que fez a cirurgia de separação das meninas, disse que Heloá e Valentina estão estáveis e não precisam mais de antibióticos.
“Em breve a gente deve ir embora, começar tudo de novo. Brincando, correndo com elas, brincando de pega-pega e desejando que todos continuem orando”, disse o pai.
Nesta quarta-feira (22/02), as meninas receberam novamente a visita da irmã mais velha Kayla, de 7 anos, que já tinha visitado as gêmeas no último sábado (18). Além disso, uma avó delas, que mora em São Paulo, veio à Goiânia para visitá-las. Maria do Carmo Augusto Prado disse que só vai embora quando as netas tiverem alta hospitalar.
“Eu só vou embora agora quando elas tiverem em casa”, disse a avó.
Valentina e Heloá, de 3 anos, passaram por uma cirurgia de separação no dia 11 de janeiro, em Goiânia.
O médico falou, nesta terça-feira, que as meninas estão estáveis e sem uso de antibiótico. Apesar disso, ele falou que Valentina, que teve uma recuperação mais lenta, ainda precisa de alguns cuidados. O cirurgião planeja que, nas próximas horas, a equipe médica possa retirar a sonda dela, porque ela já se alimente parcialmente.
“A Valentina ainda inspira alguns cuidados, mas estamos trabalhando em cima disso e, nessas próximas horas, nós podemos tirar, inclusive, a sonda enteral, porque ela se alimenta agora parcialmente”, disse o médico.
A mãe das siamesas Waldirene do Prado disse que vai fazer uma festa quando as filhas tiverem alta.
“A gente vai fazer uma grande festa, comemorar a vitória, porque é um milagre. A Valentina está voltando, na mão de Deus tem que ter muita fé”, disse a mãe.
Valentina e Heloá passaram por uma cirurgia de separação em 11 de janeiro. O cirurgião pediátrico Zacharias Calil fez o procedimento junto com 50 profissionais. As meninas estavam unidas por parte do tórax, abdômen, bacia, fígado, genitálias, intestinos delgado e grosso.
"Tivemos que dividir o fígado, o intestino delgado e o intestino grosso. Tivemos que modificar o sistema urinário delas porque elas apresentavam alterações que não tinham sido diagnosticadas. No mais, separamos o osso, a bacia”, explicou Zacharias Calil, na época da operação.
Valentina e Heloá são naturais de Guararema, cidade do interior de São Paulo e estão em tratamento em Goiânia há cerca de dois anos. Após o início do acompanhamento médico, os pais das crianças decidiram se mudar para Morrinhos, no interior de Goiás.