Segundo a Polícia Civil, a mãe também foi presa por omitir os abusos à polícia. Menina contou que os crimes aconteciam há três anos.
Mãe e padrasto são presos por suspeita de estupro de vulnerável contra criança de 12 anos, em Anápolis — Foto: Divulgação/Polícia Civil
O padrasto de 61 anos preso por estuprar a adolescente de 12 anos na frente da mãe, de 33 anos, se gabava de abusos em bares de Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, ele e a mãe negam o crime.
"Ouvimos uma testemunha que contou que o padrasto ia em bares da região e se gabava que criava a menina para fazer sexo com ela e que ele não aceitava outro homem em casa", disse a delegada Aline Lopes, responsável pela investigação do caso.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, por isso, a reportagem não conseguiu contato com a defesa deles até a última atualização desta reportagem.
Segundo a Polícia Civil, a mãe da menina também foi presa por saber dos abusos e assisti-los sentada na cama onde o crime acontecia.
A prisão deles aconteceu na sexta-feira (10), após o Conselho Tutelar denunciar à polícia que a menina estaria sozinha há dias, em situação de abandono, depois de a mãe e o padrasto viajarem a trabalho.
"A mãe é dona de casa e contou que o companheiro é um homem muito bom, que sustentava todo mundo e não deixava faltar nada. Ele é pedreiro e ela sempre o acompanhava nas viagens", contou a delegada.
Ao conselho, a própria vítima disse que estava era estuprada pelo padrasto desde que tinha entre 8 e 9 anos, ou seja, há cerca de três anos, e que não queria voltar para casa.
Segundo a delegada, no dia da prisão, eles tentaram fugir pelo quintal de casa e se esconderam em uma área de mata, mas depois foram pegos.
Além do próprio relato, a vítima foi encaminhada para exames, que confirmaram o estupro. A mãe e o padrasto devem responder pelo crime de estupro de vulnerável, ele pela prática e ela por omitir o crime no papel em que devia proteger a filha dos abusos.
Eles foram encaminhados a uma unidade prisional e estão à disposição da Justiça de Goiás. A polícia ainda informou que a adolescente está sob a responsabilidade de familiares.