Investigação bloqueia R$ 6,4 milhões em bens. Alvos são de Goiás, DF e RS
Seis servidores efetivos da companhia Saneamento de Goiás S/A (Saneago) foram afastados das funções públicas, nesta terça-feira (14/03), por suposto envolvimento com fraudes em licitações. Operação da Polícia Civil (PC) cumpre 37 mandados para busca e apreensão, afastamento de função e bloqueio de R$ 6,4 milhões em bens em Goiás, Distrito Federal (DF) e Rio Grande do Sul (RS).
De acordo com a corporação, um dos funcionários afastados já tinha sido suspenso do cargo em operação policial anterior. Mais detalhes serão compartilhados em coletiva de imprensa prevista para esta manhã.
A Saneago afirmou em nota que não houve busca e apreensão em nenhuma unidade da companhia e que está à disposição para colaborar com a Polícia Civil. “Esclarecemos também que nem a Saneago, nem seus diretores são réus na ação”, ressaltou (veja nota completa abaixo).
Alvos da investigação ficarão proibidos de estabelecer contratos com o poder público.
Denominada Custo Máximo, a ação apura ainda direcionamento de processo licitatório e associação criminosa.
Aguarde mais informações.
Advogado que representa a diretora de Gestão Corporativa e funcionário da companhia, dois dos afastados, se manifestou por meio de nota. Veja a íntegra:
“Quanto à Operação Alto Custo, da Policia Civil, o advogado Matheus Costa, do Pacheco & Costa Advogados, ressalta que ainda não foi franqueado à defesa o acesso aos autos, mas tendo em vista o que já foi apurado em inquérito, a defesa de SILVANA CANUTO MEDEIROS vê essas medidas deflagradas com bastante estranheza, uma vez que órgãos como Controladoria Geral do Estado e Tribunal de Contas do Estado já apontaram entendimento por ausência de prejuízo financeiro no contrato ora investigado.
Por sua vez, quanto a defesa de ROBSON ALMEIDA RAMOS, de igual modo, o Tribunal de Contas do Estado já declarou que sua participação no procedimento licitatório foi estritamente técnica, isentando-o de qualquer responsabilidade por supostas irregularidades no referido contrato.
Por fim, acrescentamos que todas as questões serão enfrentadas nos autos, demonstrando que não há qualquer vinculação de Silvana e Robson com as supostas irregularidades investigadas, tampouco com as empresas licitantes.
Advogado Matheus Costa”
Veja a íntegra da nota-resposta da Saneago:
“Em relação à Operação Custo Máximo, informamos que não houve busca e apreensão em nenhuma unidade da Companhia, e que a Saneago está à disposição da Polícia Civil para colaborar com a investigação. Esclarecemos também que nem a Saneago, nem seus diretores são réus na ação.
A Companhia implantou e tem priorizado a execução das melhores práticas de governança e compliance. Tanto é que, na atual gestão, o procedimento padrão é a apuração rigorosa e imediata de todo contrato após qualquer denúncia, como ocorrido desde o início do caso.
O contrato com a BRS Distribuição e Suprimentos já foi rescindido. De qualquer forma, o contrato já estava suspenso desde novembro de 2021 (antes mesmo do início das investigações) – sua execução foi de apenas três meses. Os pagamentos neste contrato foram retidos e glosados (cancelados), não causando prejuízos para a Saneago.
Foram tomadas todas as providências solicitadas na determinação judicial.
A Saneago aguarda os resultados das investigações. E, como sempre tem feito nesta gestão, seguirá colaborando para esclarecimentos”.