Deyselene Menezes foi encontrada carbonizada em um matagal. Dois suspeitos estão presos e uma mulher está foragida; um deles pode ser serial killer e ter matado outras sete mulheres
A mulher que foi torturada e morta em um motel de Goiás pediu socorro por mensagem após se negar a fazer pedidos sexuais feitos por um suspeito, conforme o print da conversa dela com outra pessoa horas antes de morrer.
Deyselene de Menezes Rocha, que era garota de programa, segundo a polícia, foi encontrada morta carbonizada no dia 13 outubro de 2022, em um matagal em Abadia de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia. Ela tinha sinais de tortura, como um arame enrolado no pescoço.
O delegado que investiga o caso, Arthur Fleury, informou que dois homens foram presos suspeitos do homicídio. Eles estavam no motel com Deyselene e outra mulher, identificada como Helen. Ela segue foragida até a última atualização desta reportagem.
Um dos suspeitos é Leandro Alves da Costa, que pode ser um serial killer e ter matado pelo menos sete mulheres de 2014 para cá, entre elas, uma adolescente de 15 anos no Paraguai.
A Polícia Civil disse que imagens do circuito de segurança de um motel perto da BR-153, em Aparecida de Goiânia, mostram quando a vítima chega ao estabelecimento em carro dirigido por Leandro. Em seguida, um casal, identificado como Wallace Alves Novais e Helen, chega ao motel e divide o quarto com Leandro Alves da Costa e a vítima.
Horas depois, Helen deixa o estabelecimento andando e Wallace sai no carro, que era dirigido por Leandro (veja vídeo abaixo). A vítima não é vista saindo do estabelecimento.
Ao observar as câmeras de segurança do motel, a Polícia Civil verificou que no banco de trás do carro havia um volume encoberto com um pano. O delegado disse que na conta paga no motel por Leandro há a cobrança de um lençol e um travesseiro, que ele teria levado do estabelecimento.
A irmã de Deyselene relatou à polícia que ela foi vista pela família pela última vez, por volta das 4h do dia 12 de outubro de 2022, quando deixou o filho aos cuidados da irmã. O corpo da vítima foi achado no dia seguinte ao desaparecimento dela, em um matagal em Abadia de Goiás, carbonizado e com sinais de tortura, como um arame envolto ao pescoço.
Leandro foi preso na última sexta-feira (6), na fronteira do Brasil com o Paraguai, usando um documento falso quando foi preso. A PC acredita que o homem tentaria atravessar a tríplice fronteira para fugir. Conforme a corporação, ele estava com dois mandados em aberto no Brasil. A polícia disse que ele segue preso no Paraná e será recambiado para Goiás.
A corporação informou ainda que Leandro já tem passagens pela poícia por estupro, homicídio e posse irregular de arma de fogo, e que era monitorado por tornozeleira eletrônica, mas, após o crime contra a goiana, a rompeu e desapareceu.
Ainda de acordo com a polícia, Wallace também foi preso, após o deferimento de um mandado de prisão temporária, mas negou a participação no homicídio. Helen ainda está foragida, de acordo com informações divulgadas pela PC nesta terça-feira (10).
A Polícia Civil disse ainda que os presos são suspeitos de praticarem outros crimes graves e que a divulgação das imagens deles podem ajudar no esclarecimento de outras infrações penais, após reconhecimento por possíveis vítima e testemunhas.
A Polícia Civil disse que Leandro também é suspeito de ser o autor de um assassinato contra uma adolescente de 15 anos, que foi achada morta com sinais de tortura em um motel em Ciudad del Este, no Paraguai.
O crime contra a menina foi no dia 3 de novembro do ano passado, ou seja, menos de um mês após o primeiro crime citado.