Criminosos utilizavam de recursos cibernéticos avançados para aplicar golpes em todo País
O Ministério Público de Goiás (MPGO), por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança Institucional e Inteligência (CSI), deflagrou na manhã desta quarta-feira (13/9) a Operação Mão Invisível, que visa cessar fraudes com o uso de recursos cibernéticos sofisticados contra vítimas de diversos Estados. Foram cumpridos 5 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão preventiva, todos no Estado de São Paulo, com apoio do MP e da Polícia Militar daquele Estado.
Conforme apurado, criminosos teriam enganado vítimas por meio de variadas técnicas, entre elas o uso de ligações telefônicas por Voip (voz sobre IP), acrescido de “spoofing de chamada”, que permite alterar o número que aparece no identificador de chamadas do telefone da vítima, dando aparência de se tratar de número oficial do banco.
Também foi utilizada nos golpes a prática de engenharia ou manipulação social, onde os autores simulavam se tratar de equipes de segurança de instituições bancárias e solicitavam que as vítimas tomassem determinadas ações para impedir um golpe.
A investigação mostrou que a organização criminosa ainda se valeu de “rootkits” ou de aplicativos de acesso remoto para ter acesso completo ao celular das vítimas. Nestes casos, o golpista solicitava a instalação de um suposto “antivírus”, com a justificativa de impedir que o dinheiro da pessoa fosse acessado por terceiros, quando na realidade os aplicativos garantiam o acesso remoto completo e total ao celular.
O Gaeco reforça que a investigação e a consequente operação decorrem do compromisso do MPGO de reprimir crimes cometidos com o uso de tecnologia e de combater as organizações criminosas que atuam no universo cibernético.
Integrantes do Gaeco destacam que, para evitar golpes em contas bancárias e aparelhos celulares, é importante tomar algumas medidas de segurança, entre elas:• instalar somente aplicativos oficiais dos bancos; • não repassar informações pessoais por telefone; • confirmar qualquer ligação supostamente recebida “do banco”, realizando outra para o número telefônico registrado no verso do cartão; • sempre duvidar de pedidos estranhos como “simulação de transferência” ou “instalação de aplicativos”.
A Operação Mão Invisível contou com a atuação de 25 servidores públicos, aproximadamente, entre promotores de Justiça, integrantes da CSI e policiais militares dos Estados de Goiás e São Paulo.