Kleyton Manoel Dias nega as acusações. Miss conseguiu medida protetiva contra o delegado e ele foi afastado das funções.
A miss trans que denunciou ter sido estuprada pelo delegado Kleyton Manoel Dias escreveu, em uma carta aberta publicada nas redes sociais, o que a fez criar coragem de denunciar o caso. Segundo ela, o próprio vídeo de apresentação que gravou antes do crime para um concurso de beleza a encorajou a não ficar em silêncio e buscar ajuda. O suspeito nega as acusações.
"Eu estava gravando meu vídeo de apresentação do concurso de beleza que irei participar e levantando além da bandeira trans, a do empoderamento e sororidade. Estava incentivando mulheres a fazerem isso [denunciar] e eu mesma não iria fazer? Que tipo de influenciadora eu seria se pregasse algo antes e fugisse? Isso me deu força", questionou a miss.
Na sexta-feira (5), após o crime que aconteceu durante a madrugada daquele dia, a miss conseguiu uma medida protetiva contra o delegado e, no sábado (6), ele foi afastado das funções e passará a trabalhar em uma unidade administrativa.
A reportagem, o delegado disse, em nota, que repudia as acusações e que se coloca à disposição das autoridades na investigação do caso. Além disso, disse que "irá provar sua inocência" e que está "muito abalado com o ocorrido" (veja a nota completa ao fim da reportagem).
Em nota, a Polícia Civil informou que, assim que tomou conhecimento do caso, adotou todas as medidas necessárias para seu esclarecimento, sendo o fato investigado pela Delegacia da Mulher (Deaem) com auxílio e acompanhamento da Corregedoria.