Garoto teria apanhado dentro do banheiro e ainda recebido ameaças do homem: 'Se contar para alguém, vai se ver comigo'
Um estudante de 9 anos foi agredido dentro de uma escola em Porangatu, no norte de Goiás, e o suspeito é o pai de um colega dele. Segundo a polícia, a situação aconteceu após o menino jogar confete no homem durante uma festinha de aniversário do filho dele. O homem compareceu à delegacia, mas não foi preso. Conforme a ocorrência, o garoto ainda teria recebido ameaças do suspeito: "Se contar para alguém, vai se ver comigo".
A defesa de Renato Araújo de Paula Leão, suspeito de agredir o colega do filho, disse que ele não vai se pronunciar. De acordo com o relato da Polícia Civil, o suposto autor confirmou os fatos durante conversa com o delegado.
O g1 ligou à Escola Evangélica Presbiteriana às 17h44 desta terça-feira (04/04), para pedir um posicionamento sobre o ocorrido, mas a ligação não foi atendida.
O caso aconteceu na segunda-feira (3), por volta de 10h30. O pai do garoto agredido, que é policial civil, registrou um boletim de ocorrência relatando que recebeu uma ligação da escola solicitando a presença de um responsável. Quando ele e a esposa chegaram ao local, foram informados pela diretora sobre o ocorrido.
Conforme o relato, a diretora falou ao pai que o menino estava participando de uma festinha quando acabou acertando, sem querer, um confete no pai do aniversariante, que não teria gostado da atitude e pedido a outro aluno que levasse o menino até o banheiro.
Minutos depois, o menino teria sido levado ao banheiro e lá o pai do colega teria fechado a porta, segurado o pescoço da vítima, o empurrado contra a porta do banheiro e o ameaçado dizendo para “não mexer com adulto” e ainda falado que se ele contasse para alguém, “iria se ver” com ele.
Depois disso, ainda de acordo com o relato do pai na ocorrência, o garoto conseguiu sair do banheiro e aparentava estar com medo e abalado, conforme informação de testemunhas. Foi quando uma funcionária da escola perguntou o que havia ocorrido, e o menino teria falado.
O pai do estudante agredido representou criminalmente em desfavor do suspeito e o homem deve responder por ameaça e vias de fato.
O delegado Luciano Santos falou que o suspeito compareceu à delegacia logo depois do fato, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.
“Ele se apresentou à Polícia Civil ontem, e, como nós estamos diante de dois delitos de menor potencial ofensivo, nesse caso, aplica-se a lei que prevê que, nesses casos, temos que fazer a autuação do suspeito e ele tem que ser liberado após assinar um compromisso de comparecer ao juizado para o processamento do crime”, explicou.