Em entrevista coletiva, Polícia Civil confirma versões apresentada pela mãe e por parentes próximos
A delegada de polícia Caroline Paim concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (21) para dar esclarecimentos sobre o assassinato de uma criança de um ano e sete meses pela própria mãe. O crime aconteceu no Parque Santa Rita, região noroeste de Goiânia, nesta quinta.
De acordo com a delegada, a polícia e os bombeiros foram acionados por vizinhos, após ouvirem barulhos estranhos e sinais de fogo. “Quando a polícia chegou no local ela já estava carbonizada, em pedaços, dentro de uma piscina de plástico e envolta em um cobertor”, confirmou Caroline.
A delegada afirmou também que, assim que policiais e bombeiros chegaram, a mãe, Alessandra Fiúza, de 32 anos, desmaiou. “Não se sabe ainda se o desmaio foi simulado ou foi de verdade. Ela foi encaminhada ao Cais do Bairro Goyá e depois veio para a Central de Flagrantes.”, confirmou.
A Polícia Civil (PC) confirma que, além do bebê, Alessandra tem ainda outro filho, de 12 anos. Ele estava na casa no momento do crime, dormindo. “Ele chegou na Central de Flagrantes afirmando que acordou assustado, pois estava dormindo desde segunda-feira (18) depois de um copo de água dado pela mãe”, confirmou a delegada.
O menino contou à PC que acordou sendo arrastado pela suspeita. Depois disso, foi levado pelos agentes para a casa de uma vizinha para que ele pudesse comer. Em seguida, foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), para ser submetido a um exame toxicológico. “Ele acordou muito sujo, com a roupa molhada. Quando chegou aqui, ele disse que falaria comigo, desde que não visse a mãe”, relatou a delegada.
Alessandra também foi conduzida ao IML, para depois ser levada para a carceragem. Ela será autuada por homicídio. As investigações serão conduzidas pela Delegacia de Homicídios.
A PC analisa a possibilidade de Alessandra ter problemas psicológicos. A mãe da suspeita confirmou que ela tem “transtornos mentais”. O pai da criança e ex-marido dela por 12 anos desmente a versão. O filho de 12 anos também disse que ela não tinha nenhum problema nem fazia uso de qualquer tipo de medicação controlada.
“O pai [da criança] revelou que eles já estavam separados a dois anos e que não tinham discussões e que era um relacionamento tranquilo”, ressaltou a delegada.
Outra versão apresentada por Caroline é que Alessandra teria cometido o crime para se vingar do ex-marido. “A separação do casal, a princípio, foi consensual”, disse a delegada.
“Quando ele quis formalizar a separação ela não aceitou. A 40 dias ela havia proibido o pai de visitar as crianças”. De acordo com o filho do casal, o pai sempre foi presente e sempre teve um bom relacionamento com ele.
A PC confirmou ainda que existe uma outra possibilidade: a da criança ter sido morta durante um ritual de magia negra. Essa versão foi apresentada por Alessandra.
“Ela se apresenta mentalmente confusa”, disse a delegada. “Em um momento ela apresentou essa versão, mas não há nenhum indício que confirme essa história proceda”, finalizou Caroline
Fonte: Emais Goiás