Ela nos envergonha, nos deixa em um estado como se fosse o pior para se viver no Brasil porque não podemos fazer nenhum investimento aqui, a Enel não deixa! ”, afirmou.
O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB) subiu à tribuna do plenário na sessão ordinária desta terça-feira, 26, para criticar a Enel Goiás, após notificação da empresa. O deputado se disse surpreso com o comunicado lido anteriormente pelo líder do Governo, Bruno Peixoto (MDB), que responsabiliza os dois por prejuízos que possam vir à empresa depois da apresentação do projeto de encampação da Enel pelo Estado de Goiás.
“Primeiramente porque nós temos uma empresa que fala que é multinacional e presta um desserviço para a nossa comunidade. Ela nos envergonha, nos deixa em um estado como se fosse o pior para se viver no Brasil porque não podemos fazer nenhum investimento aqui, a Enel não deixa! ”, afirmou.
“Aí, a hora que alguém sai em defesa da população de Goiás, levanta sua voz na prerrogativa que temos de parlamentares e fiscais da lei, ela vem querer nos intimidar. Se acham que é inconstitucional, que vão questionar na Justiça, não venha querer discutir com essa Casa de Leis porque quanto mais nos afrontarem, mais nos fortaleceremos”.
O presidente anunciou ainda que assim que o projeto for aprovado pela Casa, será assinado pelo governador Ronaldo Caiado na porta da empresa em forma de protesto”.
Notificação
Lissauer ainda criticou o fato de o advogado da Enel ser o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), Lúcio Flávio Siqueira de Paiva. Para o presidente, a atitude é suspeita, pois o advogado estaria dando nota oficial em nome da OAB e recebendo pela empresa. “Acho que a OAB precisa rever o nome do Lúcio Flávio na presidência dela, primeiramente. E nós não seremos intimidados de forma alguma, nós continuaremos da mesma forma. A Enel hoje tem 99,9% de rejeição da população do estado de Goiás. Eu se fosse advogado teria vergonha de defender uma empresa dessa, eu não teria capacidade de chegar na imprensa ou em qualquer tribunal de júri defender uma empresa como a Enel, que não presta um serviço de qualidade para a população”, afirmou.
Alego