Polícia Civil apurou que vítima teria interferido em discussão do PM com namorada. Defesa afirma que investigado atirou porque foi agredido; detido foi afastado das funções na corporação
O policial militar do Distrito Federal Jackson Portugal de França, de 28 anos, teve a prisão mantida após audiência de custódia em Planaltina de Goiás, no Entorno do DF. Ele é suspeito de matar Willas Santos da Silva Luz, de 23 anos, a tiro durante uma confusão em um bar da cidade.
Advogado do PM, Roberto Rodrigues informou que o cliente agiu porque foi agredido pela vítima. "[Ele relata que] houve uma agressão injusta, uma interferência por parte da vítima. [...] Falou que estava armado, mas que o rapaz desceu do carro e foi para cima dele", afirmou.
Jackson está detido no Presídio Militar em Goiânia. A defesa disse ainda que estuda as medidas cabíveis que podem ser adotadas.
Em nota à TV Anhanguera, a Polícia Militar do Distrito Federal informou que um processo administrativo vai apurar as circunstâncias do fato. Ainda no texto, a corporação defendeu que não admite nenhum desvio de conduta e que o policial foi afastado das atividades.
A decisão de converter a prisão em flagrante para preventiva foi dada pela juíza Laura Ribeiro de Oliveira, na sexta-feira (4). No documento, ela defende que o PM deveria seguir detido por causa das circunstâncias da prisão.
“A prisão cautelar do flagrado é medida extremamente necessária, ante a presença dos requisitos legais e a gravidade da conduta que teria sido praticada por ele. […] Entendo, pois, que medidas cautelares diversas da prisão não seriam suficientes”, argumentou.
O crime aconteceu na quarta-feira (2). Um vídeo mostra o carro em que estava a vítima entrando na rua do bar, depois pessoas correndo até o local para ver o que aconteceu (veja acima).
O delegado Antônio Humberto Soares começou a investigação no local. Segundo ele, há versões divergentes das testemunhas sobre o que realmente aconteceu.
"Uma de que ele parou para defender um amigo que se envolveu na discussão com o PM e a namorada, outra de que ele tentou defender, com palavras, a mulher, que estava discutindo com o policial", disse.