Seis suspeitos foram presos durante operação que culminou com a apreensão de dois aviões, um helicóptero, 11 veículos, relógios de luxo e mais de R$ 500 mil em dinheiro
Investigados, segundo a polícia, levaram a vida como empresários embora estivessem associados ao tráfico (Foto: divulgação/PC)
O Grupo Anti Sequestro (GAS) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) concluiu no final do mês passado uma investigação que apurou a atuação de uma quadrilha que usava aviões pequenos para trazer drogas da Bolívia, Peru e Colômbia para Goiás, para, daqui, despachar os entorpecentes para países da Europa. Entre os seis presos na operação, que apreendeu aviões, um helicóptero e mais de R$ 500 mil em dinheiro, pelo menos dois são da alta sociedade goianiense e se apresentavam como empresários.
As investigações que desarticularam a quadrilha, que segundo a polícia é comandada por um holandês radicado no Brasil – que está foragido e não teve identidade revelada -, começaram depois que o piloto goiano Bruce Lee Carvalho dos Santos desapareceu em 12 de dezembro do ano passado após pilotar um avião modelo Piper Sêneca até a Colômbia. A suspeita é de que a aeronave em que ele estava caiu em um lago após bater em uma rede de alta tensão naquele país. Até hoje, nem ele ou o avião foram encontrados.
Seis meses após o desaparecimento, os agentes do GAS da Deic descobriram que Bruce Lee era apenas um dos vários pilotos goianos contratados por uma organização criminosa que, além do tráfico de drogas, atuava também na lavagem de dinheiro. Durante uma ação que aconteceu simultaneamente em três estados, foram presos na cidade paulista de Santana do Parnaíba Gilberto Alves Rocha Júnio de 27 anos, e Dennis Petronella Marcel Gerardus, de 40. Em São Félix do Xingu, no Pará, foram detidos Ruylo Feitosa Brabosa, de 24 anos, e em Goiânia, Renan dos Santos Barbosa, de 30 anos, Hullarys Nunes Neiva, de 35 anos, e Ismael Victor Silva Santos, de 27 anos.
Dez veículos de luxo pertencentes à quadrilha, dois jatos e um helicóptero, foram apreendidos em Goiânia e em São Paulo. Nas casas dos suspeitos, que segundo as investigações moravam em condomínios fechados e mantinham um alto padrão de vida, com muitas viagens para o exterior – sempre ostentadas em fotos postadas em redes sociais – foram apreendidos 13 relógios de luxo, sendo oito Rolex e um da marca Hublot, além de 517 mil em notas de Real e Dólar.
Outros detalhes sobre a atuação da quadrilha, que depois de trazer a cocaína e maconha até Goiânia enviava a droga para a França, Holanda, Alemanha e Bélgica em carregamentos de granito, mármore e gêneros alimentícios, serão apresentados à imprensa durante uma entrevista coletiva prevista para acontecer na manhã desta sexta-feira (9), em Goiânia.
Com informações Mais Goiás