De acordo com o parlamentar, "os fatos relatados serão esclarecidos e demonstrarão que não há conduta incriminatória".
Após o cumprimento de mandados de busca na manhã desta quinta-feira (3/9) em seu gabinete, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), e em sua residência por parte do Ministério Público de Goiás (MP-GO), o deputado estadual Iso Moreira, do DEM, se manifestou. De acordo com o parlamentar, “os fatos relatados serão esclarecidos e demonstrarão que não há conduta incriminatória”.
Ainda conforme a nota divulgada, Moreira está em contato com sua assessoria jurídica para tomar conhecimento “das alegações que estão imputadas”.
Veja a nota abaixo:
“Em resposta às notícias veiculadas hoje (3) sobre a operação em curso pelo Ministério Público de Goiás, envolvendo o nome do deputado estadual Iso Moreira, este informa que está em contato com sua assessoria jurídica, com o fim de tomar conhecimento das alegações que lhe são imputadas, e que irá se pronunciar oportunamente, tão logo isso ocorra. De acordo com o parlamentar, os fatos relatados serão esclarecidos e demonstrarão que não há conduta incriminatória que possa macular a presente legislatura por ele exercida, muito menos por fatos pretéritos não diretamente vinculados à sua pessoa.”
A Operação Zaratustra
O MP-GO deflagrou, na manhã desta quinta-feira (3/9), uma operação que apura um esquema de corrupção que teria resultado em desvios na ordem de R$ 10 milhões. O esquema estaria relacionado a licitações fraudulentas. O órgão cumpriu mandados de busca tanto no gabinete do deputado estadual Iso Moreira, na Alego, quanto em sua residência.
São cumpridos, ao todo, nove mandados de busca e apreensão expedidos pelo juiz Pedro Henrique Guarda Dias, de Alvorada do Norte, nos municípios de Goiânia, Bela Vista de Goiás, Alvorada do Norte e Simolândia, além de Brasília.
A operação, denominada “Zaratustra”, descobriu um esquema ilegal de compra e venda de combustíveis, entre 2003 e 2016, em um posto de propriedade da família do deputado, em Alvorada do Norte.
Foi apurado que, por meio de alterações no contrato social do estabelecimento, “registrado sucessivamente em nome de ‘laranjas’”, a propriedade da empresa era alterada, o que possibilitava a comercialização de combustíveis de forma irregular com a prefeitura de Alvorada do Norte.
A reportagem do Dia Online segue tentando contato com a Prefeitura de Alvorada do Norte e com o deputado Iso Moreira, que ainda não atendeu as ligações.