O gerente do IML, Marcellus Arantes, esclareceu que a causa da morte não tem relação com o abuso sexual sofrido pela jovem.
O Instituto Médico Legal (IML) divulgou a causa da morte da estudante de Arquitetura Susy Nogueira, de 21 anos. De acordo com o instituto, Susy morreu devido a um caso de embolia pulmonar. O caso da moça ganhou notoriedade e chocou a população, depois que descobriu-se que ela havia sido vítima de estupro enquanto estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital de Goiânia, em maio deste ano.
O óbito de Susy foi registrado no dia 26 de maio, domingo, após uma parada cardíaca. Entretanto, o laudo cadavérico só foi concluído na última terça-feira (23/7). A jovem estava internada na UTI do Hospital Goiânia Leste desde o dia 16 do mesmo mês, após uma crise convulsiva durante a aula na instituição de Ensino Superior onde cursava Arquitetura e Urbanismo.
De acordo com o gerente do IML de Goiânia, Marcellus Arantes, Susy morreu em decorrência de uma embolia pulmonar, que é um bloqueio de uma ou mais artérias dos pulmões causada por gordura, ar, coágulo de sangue ou células cancerosas. Segundo Arantes, essa é uma complicação comum em pacientes internados há muito tempo em UTIs.
Marcellus esclarece que a causa da morte não tem nenhuma relação com o abuso sexual sofrido por Susy praticado por um técnico de enfermagem. “Apesar dos esforços, essa é uma complicação [a embolia pulmonar] muito comum em pacientes que ficam por muito tempo internados na UTI. Não tem nenhuma ligação com o abuso o qual ela foi vítima”, explica.
O gerente ainda conta que agora começa a segunda fase da investigação. “Agora nós vamos analisar a conduta da equipe médica do hospital, os vídeos e concluir se o hospital teve alguma responsabilidade, e, assim, repassar para o delegado”, finaliza.
Antes lotadas de comentários elogiosos e interações divertidas de amigos, as redes sociais da jovem Susy Nogueira se encheram de mensagens de tristeza e luto desde maio deste ano. A estudante universitária goianiense veio a óbito no dia 26/5, após sofrer uma parada cardíaca na UTI do Hospital Goiânia Leste, onde estava internada.
Entretanto, a imensa dor causada aos amigos e familiares de Susy pela morte da moça foi acrescida de indignação e sede de justiça, uma vez que veio à tona que Susy foi vítima de estupro dentro do hospital por, como apontaram as investigações, um técnico de enfermagem que justamente deveria auxiliar na sua recuperação.
Identificado Ildson Custódio Bastos, de 41 anos, o técnico de enfermagem acusado de estuprar Susy enquanto ela estava internada na UTI do hospital se apresentou no início da tarde de uma quarta-feira (28/5) à Delegacia de Polícia Civil, onde ficou preso. Um mandado de prisão havia sido aberto contra ele no dia anterior.
Procurada pela reportagem do Dia Online na época, a direção da UTI do Hospital Goiânia Leste se manifestou através de nota e fez esclarecimentos quanto ao ocorrido. Na nota, a direção da UTI conta que tomou medidas com o objetivo de proteger a paciente e investigar o caso assim que teve conhecimento.
Além disso, segundo a nota, o técnico acusado foi afastado de sua função e, posteriormente, denunciado e demitido por justa causa.
Informações: Dia Online