Investigação foi reaberta devido a semelhanças com o caso Luana
A Polícia Civil reabriu o caso do desaparecimento da estudante Thaís Lara da Silva, de 13 anos, ocorrido em 2019, por apresentar características semelhantes com o caso da morte de Luana Marcelo Alves, de 12 anos, em Goiânia. Segundo a corporação, o ajudante de pedreiro Redimar Silva também pode estar envolvido.
“A vítima está desaparecida desde 2019. Agora, surgiram novas informações e retomamos o caso. As duas vítimas apresentam características semelhantes de porte físico e de idade. Vamos fazer novas diligências e ouvir novas testemunhas”, disse a delegada do Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID), Ana Paula Machado, que assumiu nesta semana a investigação do desaparecimento.
Vale citar que Thaís Lara desapareceu no mesmo setor que Luana, em 2019, após ir sozinha a uma feira do bairro. Na época, Reidimar Silva era vizinho da menina e estava em liberdade condicional após sair da cadeia por um caso de estupro.
O Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID) vai ouvir novas testemunhas e o próprio Reidimar nos próximos dias.
A menina de 12 anos desapareceu no domingo, 27 de novembro, após ir a uma padaria localizada a cerca de 400 metros da casa dela, no setor Madre Germana II. Reidimar admitiu à Polícia Civil que abordou Luana e disse a ela que a levaria de carro em casa, pois precisava acertar algumas dívidas com o pai dela, que é dono de uma distribuidora de bebidas no setor. A menina entrou no veículo, mas foi levada para a casa do investigado.
No imóvel, o homem tentou estuprar a menina, mas como ela resistiu ao abuso, ele a matou enforcada. Em seguida, utilizou parte de um freezer e de um guarda-roupa para queimar o corpo de Luana. Depois, enterrou e cobriu a cova com cimento.
Além do crime cometido contra Luana, a delegada Caroline Braga Borges, não descarta que o homem tenha cometido crimes contra outras vítimas. Reidimar, que já foi preso pelos crimes de roubo e estupro, agora deve responder por tentativa de estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
A Polícia Científica informou que há dez peritos trabalhando no caso. O carro de Reidimar foi enviado para o Instituto de Criminalística, na capital, para ser periciado. A Polícia Civil aguarda os laudos para concluir a investigação da morte.